Grande desilusão

Qualquer adepto de futebol, exceptuando os do Rio Ave, terão ficado maravilhados por terem assistido a oito golos e alternância no marcador. Mas esta ideia romântica de que devemos tentar jogar sempre com qualidade tem custos. Na nossa equipa temos vários jogadores que já jogaram finais e até jogos de Liga Europa, também a eliminar. Uma equipa experiente, portanto! A pergunta que suscita na cabeça dos nossos adeptos é: o que leva uma equipa praticamente apurada aos 89 minutos, com dois golos de vantagem, a deitar tudo a perder?! Em jogos a eliminar vale tudo para seguir em frente. Não, não é fazer anti-jogo do primeiro ao último minuto. É quebrar o ritmo nos instantes finais, esconder a bola numa bandeirola de canto, é um jogador se sentar uns segundos no chão e pedir uma assistência, é o treinador ser inteligente e operar as substituições todas. Debalde! Fomos de vela! Custa muito! Aos jogadores também certamente. Afinal, deram tudo, até jogaram bem, mas jogar bem ontem era seguir em frente.

Outra pergunta que faço é: o jogo com o Paços não tinha sido suficiente para termos aprendido a lição? Quantas vezes mais vamos transformar uma possível goleada a nosso favor em recuperações adversárias?