Plantel em 1981/82 (foto Record)
Capítulo 2: Curta e modesta carreira de jogador
Vila do Conde
Foi neste enquadramento que seguiu para Vila do Conde com o pai, dando seguimento à colaboração já existente em etapas anteriores, nomeadamente em Amora e Leiria, para onde José Mário foi como jogador mas também como auxiliar técnico; fazia parte do plantel mas era, no fundo, mais um elemento da equipa comandada por Mourinho Félix. Jogou muito pouco, apenas atuou numa partida a contar para a Taça de Portugal, mas tinha incumbências várias relativas à planificação da equipa. Aos sábados, por exemplo, ia ver os treinos do adversário, tirar notas e alertar o pai para algumas situações consideradas importantes para o jogo do dia seguinte. Os próprios companheiros de equipa comentavam entre si, de cada vez que havia alterações na planificação dos trabalhos, que tal se ficara a dever a qualquer influência de José Mourinho. Normalmente tinham razão.
Riscado
Mas nem toda a gente valorizava a ação de José Mário na equipa. No final da temporada, em virtude de uma série de impedimentos na equipa, Mourinho Félix convocou-o para o jogo com o Sporting, em Alvalade, a 16 de maio de 1982, confronto que, em caso de vitória leonina, daria à equipa de Malcolm Allison, Oliveira, Manuel Fernandes e Jordão o título de campeã nacional.
Sem explicações, o presidente do Rio Ave, José Maria Pinho, riscou-o da lista. A situação foi embaraçosa, talvez um pouco menos do que o resultado daquele que se tornou o jogo do título: 7-1 para o Sporting. O último embate da época seria com o Belenenses que, em Vila do Conde, se despediu pela primeira vez do escalão principal. Apesar do notável 5.º lugar com o Rio Ave, pai e filho assinaram pelos azuis.
in Record
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