Um deles foi o anterior presidente da mesa que voltou a participar na vida do Clube ao fim de cinco anos e meio. Começou por dizer que apesar da chamada anónima que recebeu nesse mesmo dia ameaçando-o para que não falasse na AG iria falar e que isso lhe dei maior propósito para que o fizesse.
Segundo o mesmo, afastou-se do Clube quando não acompanhou o anterior presidente num novo mandato e cumprindo assim a promessa de voltar quando António da Silva Campos deixasse de presidir aos nossos destinos. Informou o presidente da mesa para contar com ele para o novo Conselho Geral e discursou (cerca de 47 minutos segundo o relógio da presidente da direcção) tendo lido um discurso de nove páginas onde abordou diversos temas relacionados com a gerência do anterior presidente, assim como uma carta que dirigiu aos sócios quando não foi candidato a novo mandato e leu também uma acta da SDUQ datada de Outubro de 2017.
Ficamos a saber que em 2008 convidou a actual presidente Alexandrina Cruz a avançar para a presidência do Rio Ave FC. Ainda bem que não aceitou pois na altura nós precisávamos de um ASC como se veio a verificar. O que aconteceu depois de todos é conhecido, embora alguns teimem em não reconhecer.
Neste ponto da ordem de trabalho intervim e foquei-me em cinco pontos:
- Dei os parabéns à presidente por abrir a Sede aos associados, ao invés do que fez o anterior presidente. Salientei a necessidade de se elaborar um regulamento interno para gestão da Sede para que esta se transforme num local rioavista e não haja a tentação de quem estiver a explorar ou mesmos de portadores de cartões dos sócios quererem transformar o local num centro de estarolas.
- Questionei a presidente sobre a Rio Ave Seguros, dizendo que foi já publicado a prestação de contas relativamente ao exercício 2022 e que segundo eu tinha apurado, ASC ainda continuava como gerente da mesma. Respondeu-me a presidente que a substituição do gerente já foi feita. Uma nota: a Rio Ave Seguros é detida em 50% pela Rio Ave SDUQ e em 50% pela seguradora SABSEG.
- Pedi esclarecimentos sobre os processos em tribunal em que a nossa SDUQ é ré e também sobre o processo em tribunal que o anterior treinador Miguel Cardoso intentou contra a nossa SDUQ. Mencionei que o treinador assinou pelo Raja Casablanca, clube que está por detrás deste processo Olinga na FIFA e disse ironicamente que o karma é lixado. Pelo que a presidente respondeu, houve um acordo entre as duas partes.
- Sobre a forma como a presidente respondeu ao sócio Manuel Quintela no ponto três da ordem de trabalhos disse à presidente que não gostei da forma como o tratou. Nós somos sócios, ela é presidente e tem que ter outra atitude e que a atitude de um ou uma presidente não pode ser de quem está num café ou nas redes sociais (aqui usei expressões da presidente).
- Por fim questionei a presidente se vai continuar como secretária da Assembleia Municipal, dando dois exemplos presentes na sala, a do anterior presidente da mesa Mário Almeida que acumulou também com a presidência da autarquia e a do presidente da mesa Amândio Couteiro que acumula com a presidência da união de freguesias de Mosteiró e Vilar.
Não vejo problemas de alguém que acumule a presidências de cargos políticos com a presidência de órgãos sociais do Rio Ave FC, mas não aprovo que a presidente do Rio Ave FC acumule funções subalternas como de secretária de uma Assembleia Municipal.
A presidente respondeu-me que vai continuar como deputada (e como secretária creio também), o que eu considero lamentável e sinal de subserviência do nosso Clube a outros poderes políticos.
Não vou gostar de ver a presidente do meu Clube (e secretária da assembleia municipal) receber nos camarotes do Arcos a presidente da Assembleia Municipal, a sua superiora hierárquica. Prefiro que seja o presidente da mesa a receber as autoridades políticas. Nas próximas AGs provavelmente voltarei a falar deste tema.
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