“...Foi em 1939, no ano da fundação, ainda a equipa não estava filiada. Um domingo foram de abalada até Beiriz, para defrontarem o clube local. Alugaram uma camioneta para o transporte dos jogadores, directores e para quem quisesse acompanhar o grupo. As inscrições não tardaram e como havia ainda dois adeptos que queriam ir ver o jogo, os directores José e João Saraiva Dias, cederam o lugar e foram de bicicleta... o desafio foi emotivo e o resultado foi favorável ao Beiriz por duas bolas a uma...”
in Revista do Rio Ave F.C. n.2
in Revista do Rio Ave F.C. n.2
Isto passou-se faz hoje 69 anos. O que mais me chamou à atenção quando li este texto não foi o resultado final mas sim o facto de dois directores cederem o seu lugar na camioneta a outros tantos adeptos. Já há 69 anos o Rio Ave F.C. despertavam paixões nos seus adeptos e directores havia que não olhavam a meios para retribuírem essa paixão.
As duas últimas corridas aos bilhetes por uma parte significativa dos sócios não dignificou o exemplo dado há 69 anos atrás, por isso lanço o apelo à Direcção para que para domingo apenas coloque à disposição dos associados e adeptos as camionetas necessárias a todos aqueles que estejam interessados em pagarem o seu bilhete para o Jogo do Regresso.
No domingo passado viu-se a quantidade de adeptos que adquiriu bilhete para o jogo contra o Santa Clara. Quem AMA o Rio Ave F.C. e sabe quando o clube mais precisa, não olha a despesas para o apoiar.
As duas últimas corridas aos bilhetes por uma parte significativa dos sócios não dignificou o exemplo dado há 69 anos atrás, por isso lanço o apelo à Direcção para que para domingo apenas coloque à disposição dos associados e adeptos as camionetas necessárias a todos aqueles que estejam interessados em pagarem o seu bilhete para o Jogo do Regresso.
No domingo passado viu-se a quantidade de adeptos que adquiriu bilhete para o jogo contra o Santa Clara. Quem AMA o Rio Ave F.C. e sabe quando o clube mais precisa, não olha a despesas para o apoiar.
Embora não possa estar presente por motivos profissionais apelo à Direcção: Transporte gratuito sim, bilhetes gratuitos não.
E para a história aqui fica o primeiro onze: Machado, Egito, Romão, Granja, Rodrigo, Gavina, Carlos Carneiro, Neca Pintor, Né Catraio, Cândido e Francisco Ceia.
NOTA onde anteriormente se lia “…parte significativa dos sócios dignificou o exemplo…” foi emendada para “…parte significativa dos sócios NÃO dignificou o exemplo…”
2 comentários:
Estas são as histórias que me dão ainda mais força para continuar a apoiar o Rio Ave.
O Rio Ave é ENORME.
Permitem-me que coloque aqui um texto que escrevi num debate sobre mistica no relvado.com.
O Tópico era : O TEU CLUBE TEM MISTICA?
Respondi assim:
Se mistica é um AMOR irracional, um sentimento que não se entende, SENTE-SE, VIVE-SE, que abarca um clube, seus adeptos, jogadores, todo o seu envolvimento, então o Meu RIO AVE é especial, tem uma mistica enorme, RAÇA, DEVOÇÃO, ENTREGA...É A MISTICA do ACONTEÇA O QUE ACONTECER SOU RIO AVE ATÉ MORRER...
Não é suposto este tópico ser crítico relativamente aos que apoiam os três grandes, ou aos que apoiam ao mesmo tempo um "pequeno" e um "grande". É simplesmente curiosidade, e pareceu-me que seria um bom tópico para debate.
Mas o que leva tanta gente a preferir apoiar um clube que fica a centenas de quilómetros de distância, com o qual não se tem muitas vezes qualquer afectividade e a cujos jogos muitas vezes não nos podemos deslocar (seja porque dá na televisão, porque é caro ou longe, etc)?
Pessoalmente, sempre cresci com amigos que apoiam os três grandes, salvo a rara excepção de um ou outro que apoiam como eu exclusivamente o Rio Ave, mas sempre me custou compreender porque motivo o faziam.
Não entendo o bi-clubismo.
Como já devem ter percebido, dá-me muito mais prazer ir ver e apoiar a equipa que representa a minha zona,as minhas origens, com a qual cresci a ir ver os jogos, a ter alguns momentos felizes e (muitos) infelizes, e tenho pena de não conseguir "arrastar" para os jogos amigos que moram a 5, 10, 20 minutos do estádio. No estádio do meu clube tudo me é familiar, e há até uma cumplicidade com os adeptos que vão ver a nossa equipa todas as semanas e com os jogadores...este sentem que têm de deixar a pele em campo, não jogam eles com AMOR Á CAMISOLA mas jogamos nós.
O meu clube tem mistica, é especial, é uma doença que me há-de acompanhar até á morte.
ACONTEÇA O QUE ACONTECER SOU RIO AVE ATÉ MORRER!
Pois é Moisés, essa sensação de estar na minha própria cidade e estar ao mesmo tempo em terreno inimigo em relação ao futebol tem-se acentuado ao longo dos anos, há muitos mais adeptos dos chamados três grandes do que do clube da terra e quando me perguntam qual é o meu clube e respondo Rio Ave, ficam a olhar desconfiados, como que, eu estivesse a dizer aquilo para encobrir o meu verdadeiro clube e só começam a acreditar quando as pessoas começam a conhecer-me melhor e dizem:
ès mesmo maluco pelo RIO AVE F.C!!
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