total de 835 jogos na 1ª Divisão/Liga / 945 pontos conquistados na 1ª Divisão/Liga / 885 golos marcados na 1ª Divisão/Liga
FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL: 1/MAIO /1984 e 18/MAIO/2014 FINAL DA TAÇA DA LIGA: 7/MAIO/2014 FINAL DA SUPERTAÇA: 10/AGOSTO/2014
TÍTULOS 2ª DIVISÃO/LIGA 1985/86; 1995/96 e 2002/03 3ª DIVISÃO 1976/77 3º MELHOR CLUBE PORTUGUÊS (IFFHS) 2014

LIGA NOS 2019/20 05/JUL 17h00 30ª jornada Gil Vicente - Rio Ave FC 09/JUL 17h00 31ª jornada Rio Ave FC - Portimonense 13/JUL 19h00 32ª jornada Marítimo - Rio Ave FC
LIGA EUROPA 02/AGO 20h00 2ª mão Rio Ave FC - Jagiellonia Bialystok TAÇA DE PORTUGAL 27/DEC h 5ª eliminatória Marinhense - Rio Ave FC TAÇA DA LIGA 21/DEC 15h00 3ª fase 3ª jornada Rio Ave FC - Gil Vicente

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Mais uma acção em tribunal

 Ao que parece o impedimento de inscrição por três janelas de transferência já foi levantado (conforme esta recente publicação no grupo do blogue https://www.facebook.com/groups/GrupoBlogueRioavistas/posts/9028652203848013/), o que é bom de assinalar, pois o que mais desejamos é que espectros destes não pairem sobre o nosso Clube ou das sociedades da qual o RAFC seja accionista maioritário (caso da ex SDUQ) ou minoritário (caso da actual SAD).

Mas... há sempre um mas, não é verdade, o ano de 2024 não terminou sem que tivesse dado mais uma entrada nos tribunais mais uma acção a reclamar 71.639,92 euros à nossa SAD por parte da Team of Future, Lda.. No entanto desconhece-se o motivo deste valor reclamado e se esta dívida é ou não anterior à constituição da SAD.

Esta agência, a Team of Future, está sediada na cidade da Maia e presentemente representa o nosso atleta Jorge Karseladze. Representa também no nosso ex atleta Borevkovic e chegou a representar os jogadores Oscar Barreto (época 2017/18) ou Alhassane Sylla (2021/22), por exemplo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Novo impedimento de inscrição FIFA

Fomos surpreendidos há dias com a informação do impedimento de inscrição de jogadores por três janelas de transferências, primeiro na blogosfera e agora por alguns jornais desportivos.

A SAD ainda não se pronunciou, mas pelo que se pôde ler, tal facto estará relacionado com o não pagamento ao agente de um ex atleta e que o valor em questão não será muito elevado e até é de fácil resolução e que até poderá haver mais casos.

Ora, é público que no dia 31 de Outubro deu entrada e foi distribuído no Tribunal de Vila do Conde um processo intentado pela Leaguepro - Gestão de Carreiras Desportivas, sedeada em Lisboa a reclamar o valor de 23.300,52 euros à nossa ex SDUQ.

Esta Leaguepro agenciou por exemplo os ex atletas Samaris e Pany, presentemente a representar o Alpendorada, mas não se sabe se este impedimento estará relacionado com esta Leaguepro ou com outro agente.

Mas ao contrário do processo Olinga o levantamento deste impedimento será bastante mais fácil e impõe-se um esclarecimento por parte da agora SAD, até para evitar outras leituras, ou como por lá gostam de dizer: teorias da conspiração…

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Big Racius still is watching you...

Relativamente à alteração do contrato social da SAD (Estatutos) quanto à forma de assinar feita no dia 2 de Setembro e que demos conta neste post https://rioavistas.blogspot.com/2024/09/big-racius-is-watching-you.html, no dia 11 de Setembro foi feita nova actualização para esclarecer quem são os administradores do Grupo A e quem são os administradores do Grupo B.

Assim, ficamos a saber que os administradores Boaz Tochav e Diogo Ribeiro nomeados sócio maioritário RAH Sports e detentor de acções Tipo B, são os administradores do Grupo A.

E ficamos também esclarecidos que os administradores do Grupo B são os representantes do Rio Ave FC, sócio minoritário e detentor das acções Tipo A, Alexandrina Cruz e Henrique Maia.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Big Racius is watching you...

No passado dia cinco fomos alertados para uma alteração no contrato social da SAD (estatutos) e até à data tal ainda não foi actualizado na página do Rio Ave FC no que concerne aos Estatutos da SAD (https://rioavefc.pt/sad/).

Foram alteradas as formas de obrigar (ou de vínculo ou de assinar ou como quiserem chamar) que constam no n.º 1 do Artigo 20º, a saber:

a) conjunta de dois administradores do grupo A ou pela assinatura conjunta de um administrador do grupo A e de um administrador do grupo B (antes: Pela assinatura conjunta de dois administradores);

b) de um só administrador-delegado (antes: Pela assinatura de um só administrador-delegado, dentro dos limites da delegação do Conselho de Administração);

c) de um só administrador, quando se trate de ato especificamente aprovado por deliberação da assembleia geral ou do conselho de administração (antes: Por um só administrador, quando se trate de ato especificamente aprovado por deliberação da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração);

d) de um administrador e um mandatário (antes: Por um administrador e um mandatário, dentro dos limites da procuração conferida pelo Conselho de Administração).

É certo que algumas alíneas estão mais clarificadas, como é certo que estas alterações pretendem, sobretudo, resolver as ausências do presidente da SAD, o senhor Boaz Toshav (que por acasa atéanda por aí), pois agora poderá bastar a assinatura de um administrador executivo e a assinatura de um dos dois administradores não executivos (quando antes era necessária a assinatura do senhor Boaz Toshav e do senhor Diogo Ribeiro, os dois únicos administradores executivos da SAD.

Falta no entanto sabermos se os administradores não executivos passarão agora a serem remunerados por cada assinatura que façam ao abrigo deste Artigo 20º). 

sexta-feira, 5 de julho de 2024

O mistério da Rio Ave Seguros.

Foi em Novembro de 2019 que a Rio Ave Mediação de Seguros, Lda. (contribuinte 515733121) foi constituída com alguma pompa e circunstância.

Como mais informações não foram prestadas, na AG realizada em Outubro de 2021 questionei quem eram os membros desta sociedade limitada e que cargos ocupavam. Questionei se tinham alguma remuneração ou outro tipo de rendimentos. Questionei a percentagem que nos cabia e por que não eram prestadas contas nas AGs do Rio Ave FC.

Ficamos a saber que a Rio Ave Seguros era detida em partes iguais pela SDUQ do Rio Ave FC (representada pelo presidente da direcção, António da Silva Campos) e pela SABSEG Seguros (representada pelo seu presidente do conselho de administração, Francisco Miguel Machado) entre outras informações prestadas na altura.

No primeiro dia de Julho do ano passado tivemos as eleições para o Clube e dias depois os sócios eleitos para a sociedade desportiva, leia-se SDUQ, tomaram posse.

Como havia nova direcção e na Rio Ave Seguros tudo continuava na mesma, além de ter novamente questionado novamente pelas contas da empresa, questionei se o anterior presidente do Rio Ave FC continuava como seu gerente.

Avançando no tempo, ficamos agora a saber que finalmente António da Silva Campos cessou funções na Rio Ave Seguros e para o seu lugar tomou posse Inácio da Silva Sousa.



Ora bem, quem é este Inácio da Silva Sousa? Segundo o portal da SABSEG Seguros é administrador da SABSEG, juntamente com Francisco Miguel Machado, o presidente da administração da SABSEG.

Com a criação da SAD do Rio Ave FC fiquei curioso para saber qual o destino a dar à Rio Ave Seguros (contribuinte 515733121), pois a mesma era, digamos, uma subsidiária da SDUQ.

Se passava para a SAD (contribuinte 510687717) ou se passava para o Rio Ave FC (contribuinte 501144250).

Será que a sociedade do Rio Ave FC (SDUQ/SAD) vendeu a sua parte à SABSEG Seguros e ainda não nos deu conhecimento? Ou será que este Inácio Sousa foi o escolhido para representar a nossa SAD?

Como diria a outra senhora: mistéeeerio.

Também o que podemos questionar, enquanto sócios do RAFC, é:

- para que serve esta empresa e para que serviu?

- o que ganhámos com ela e que actividade teve até agora?

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Já há SAD...

e foi constituída no passado dia 3 de Junho.

Boaz Jacov Toshav será o Presidente Administrador Executivo e Diogo Araújo Pinto Ribeiro será Vogal e também Administrador Executivo. Alexandrina Cruz e Henrique Maia serão vogais não executivos.

O Conselho da Administração poderá ser constituído por três a sete elementos. Ficando com quatro elementos, fica cumprido o Artigo 20º da Lei 39/2023 que dita que "a proporção de pessoas de cada sexo designados para cada órgão de administração e de fiscalização de sociedade desportiva não pode ser inferior a 33,3%"? Ou tal não se aplica ao mandato em curso?

O capital social da SAD será de 1.250.000,00 euros e cada acção tem o valor 10,00 euros sendo que as acções do Rio Ave FC são de Categoria A e as restantes são de Categoria B.

O mandato da actual Administração é de 3 anos. Termina em Junho de 2027, mas as próximas eleições do Rio Ave FC serão em Novembro de 2026.

Próximo dia 25 temos AG do Clube. O que nos elucidará a presidente do Clube?

Comunicado Site Oficial

 


quarta-feira, 29 de maio de 2024

Que venha o livro de cheques...

A forma como a sociedade desportiva estava a ser gerida levou que muitos tivessem na AG do Clube em Novembro passado, votado pela transformação da SDUQ em SAD por receio do futuro. Se o seu ou do Clube isso já são outras histórias…

Dizia-se na altura que havia ordenados em atraso, muitas vezes negado e só assumido nas AGs de Outubro e Novembro, e que o plantel profissional havia abdicado dos seus direitos para que os funcionários e outros pertencentes à SDUQ pudessem receber os seus ordenados.

Há por isso relatos de funcionários (que participaram nessa AG de Novembro) que choraram baba e ranho de alívio por poderem proporcionar aos seus um Natal mais condigno.

Surpresa ou não, tendo entrado dinheiro ou não, em Dezembro houve uma bonita festa de Natal numa quinta das redondezas para atletas, funcionários e directores e os chamados colaboradores.

A pergunta que me fiz na altura é que Natal iriam passar as empresas que reclamavam o pagamento de dívidas à nossa SDUQ, como aquela que intentou dias antes um processo no tribunal de Vila do Conde por dívida de quase seis mil euros (desconheço se à data já foi paga, mas apenas reporto-me ao que se sucedeu em Dezembro passado). 


Isto vem a propósito do quê? Na passada AG e sem que alguém tivesse ainda tocado no assunto, a presidente informou que as despesas das grandiosas festividades que ocorreram neste mês de Maio foram suportadas pelo investidor.

Surpresa, ou nem por isso, ficamos a saber que mais dois processos por dívida a rondar os vinte e seis mil euros deram entrada no tribunal de Vila do Conde nos passados dias 10 e 21 de Maio.


Já estou como o outro: serão os credores a posicionar-se para quando o Demis Roussos trouxer o livro de cheques?

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Sobre a AG Extraordinária, alguns apontamentos (4):

Da AG surgiram algumas questões colocadas pelos sócios (algumas delas sem resposta). Aqui ficam algumas delas e as que coloquei.

- sobre a possibilidade de Olympiacos e/ou Nottingham Forest cruzarem-se nas competições europeias e ao facto da UEFA estar a legislar novamente sobre este assunto, só à segunda a presidente informou que a sociedade que vai adquirir 80% da futura SAD não é a mesma que detém os outros dois clubes.

- um membro do Conselho Geral alertou para o facto de os terrenos onde assentam o Estádio e a Academia terem sido dados pela Autarquia, ou seja, que são terrenos municipais. Apenas a Sede foge a isto.

- um outro sócio questionou porque não foi o mostrado os valores que nos devem outros clubes ou outros entidades (questão que também fiz na AG de Outubro passado e também nesta, além de me ter referido ao possível regresso do Aziz e de uma possível venda que poderia fazer um interessante encaixe financeiro).

- se o Clube indicará dois administradores e o investidor nomeará três administradores (sendo que um ou mais são da actual direcção do RAFC como prova de confiança) perguntei a quem responderá a presidente Alexandrina Cruz (se aos sócios ou ao investidor). Fiquei sem resposta e fiquei com a ideia que não a obteria se a colocasse de novo.

- também questionei se a AG Extraordinária foi convocada a pedido da Direcção e se estávamos a deliberar propostas da Direcção, se a mesma ia participar na votação. Também fiquei sem resposta e também fiquei com a ideia que não a obteria se a colocasse de novo.

- a presidente no início da sua intervenção disse que esta era a única Direcção que teve coragem para apresentar uma proposta de SAD. Iniciei a minha intervenção perguntando se trazendo para a AG os novos sócios angariados ultimamente, os jogadores e funcionários era sinal dessa coragem. Não houve resposta.

- perguntei a seguir se os exemplos de clubes da 1ª Liga que tinha acabado de enumerar e que são proprietários de apenas 10 ou 20%, quantos tinham os presidentes eleitos como presidentes executivos das SAD (até dei o exemplo do Famalicão que tem um presidente eleito pelos sócios e um presidente executivo da SAD nomeado pelo investidor). Idem idem, aspas aspas…

Sobre o porquê de não ter feito sessões de esclarecimentos, a presidente disse que não precisava (ela e os sócios) de sessões de esclarecimentos porque tudo o que havia a esclarecer deveria ser feito na AG... como se viu.

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Sobre a AG Extraordinária, alguns apontamentos (3):

Mais cinco notas.

1 - O presidente da Mesa começou por informar que a AG Extraordinária foi a pedido da Direcção, só que mais tarde a presidente da Direcção disse que foi ela quem pediu a realização da AG ao presidente da Mesa.

Ora, se consultarmos a convocatória de 17 de Maio de 2013 abaixo podemos ler que a mesma foi convocada ao abrigo do n.º 2 do Art.º 78º dos estatutos do Clube em vigor naquela data, que nos informa que a AG Extraordinária foi convocada a pedido da Direcção, coisa que a última convocatória não o faz (o Art. 77º invocado na convocatória omite se a mesma foi convocada ao abrigo dos n.º1, n.º 2, n.º 3 ou n.º do mesmo artigo).

2 - Foram abordados pelos sócios alguns temas pertinentes, como por exemplo a não aprovação em Assembleia dos estatutos da futura SAD. Respondeu a presidente que não seriam aprovados na AG porque os que os estatutos da SDUQ também não o foram;

Se olharmos novamente para a a convocatória de 17 de Maio de 2013 podemos ler que no ponto 4 foi discutido e votado o modelo e estatutos da SDUQ.

3 - Informou também a presidente que seria a direcção a votar os dois nomes para fazerem parte da administração da futura SAD (os outros 3 nomes seriam nomeados pelo futuro investidor como é de lei).

Continuando a olharmos com mais atenção para a convocatória de Maio de 2013, sabemos que pelo ponto 5 da mesma convocatória foram nomeados pela AG os nomes dos directores que fizeram parte da primeira administração da SDUQ. Aliás, até hoje os administradores da SDUQ foram sempre eleitos nas Assembleias que elegeram os ógãos sociais (com excepção do Conselho Geral), pelo que os dois nomes para a SAD em representação do Clube também deveriam continuar a ser votados pelos sócios.

4 - também foi colocada a questão do porquê não ficar estipulado que o representante do Clube nas Assembleias da SAD. Porque o presidente da Mesa não era o indicado para representar o Clube.

Olhemos para o ponto 6 da convocatória de Maio de 2013. Sim, foi designado que seriam os presidentes da Mesa a representar o Clube nas AG da sociedade a aprovar em Maio de 2013.

5 - Por fim fica esta questão: para transformar a SDUQ em SAD não é preciso apresentarem a acta da AG de domingo? A conservatória ou o notário não vai exigir esse documento? Documento esse que deveria ter sido ser votado em Assembleia, coisa que não aconteceu no domingo.

Ora olhemos novamente para a Convocatória de Maio de 2013, mais precisamente para o ponto 8 "aprovação da minuta da ata da reunião, da qual constarão os pontos aprovados, para que os mesmo produzem efeitos imediatos".

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Sobre a AG Extraordinária de ontem, alguns apontamentos (2):

Dos três pontos votados pelos sócios resultaram as seguintes votações:

1 - Transformação da SDUQ em SAD, 21 votos NÃO e 20 abstenções;

2 - Transmissão do capital da social da SAD. 61 votos NÃO e 28 abstenções;

3 - Atribuir mandato à Direcção, 60 votos NÃO e 27 abstenções.


Notas: segundo foi informado pela Mesa, estiveram presentes 596 sócios. Apesar de alguns sócios terem abandonado a AG antes e/ou durante as votações, os seus votos foram contabilizados como SIM.

Existem nas redes sociais relatos de sócios a quem foi negada a entrada por a capacidade do cine-teatro municipal ter sido atingida (e ao que parece não é a primeira vez que tal acontece). A ser verdade, esses sócios deveriam ter contactado a PSP local e pedido para identificar quem não lhes permitiu a entrada para que fossem lavrados os devidos autos. A começar nos seguranças, passando pelos funcionários e por fim identificar o Presidente da Mesa, se de facto deu essas indicações.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Sobre a AG Extraordinária de ontem, alguns apontamentos (1):

Em menos de dez minutos a presidente apresentou os seus argumentos, em menos tempo terá respondido de uma assentada às questões que os sócios colocaram.

Hoje deixo os slides.














sexta-feira, 17 de novembro de 2023

O presente grego

Sobre a AG extra do próximo domingo e do possível investidor não há muito a acrescentar àquilo que tenho lido nas redes sociais e do que tem saído nos jornais.

Por falar em jornais, saiu ontem à tarde na edição on-line d’A Bola uma notícia sobre a possível constituição de uma SAD e do investidor bilionário. Um texto bonito e longo para o que estamos habituados. Estou curioso em saber se essa notícia sairá na integra na edição de papel. Recordo-me que juntamente com mais dois sócios enviei um email à presidente da direcção, com conhecimento a vários elementos do Clube e da estrutura, que dois ou três dias depois apareceu “milagrosamente” escarrapacha na edição on-line d’A Bola, mas não na edição em papel.

Também esta semana tivemos um furo sobre o investidor que saiu primeiro nos jornais na Global Media Group (JN e O Jogo). Aqui no burgo nunca houve dificuldades em plantar notícias, pois não?

Sobre a AG propriamente dita gostaria de acrescentar isto: esta direcção teve quatro meses para proceder à alteração estatutária antes de avançar com esta imposição de um novo modelo de sociedade desportiva. Quatro meses. Muito do trabalho já havia sido feito que não se aproveitou e não se avançou, porquê?

Segundo informou a presidente na AG passada, a alteração estatutária é uma proposta da direcção e os elementos da anterior direcção não concordaram com aquilo que lhes foi apresentado.

Pergunto: com que é que não concordaram? Por terem retirado da proposta, que forneceram aos órgãos sociais, a possibilidade dos elementos da direcção poderem serem remunerados? Ou com a imposição estatutária do Clube ter que directa ou indirectamente ter maioria de uma futura SAD?

Outra questão negativa é esta compra de sócios (que não terá começado neste anos de 2023, mas sim a partir de Setembro de 2022). Quem nos quer gerir não tem a competência em explicar aos sócios o que está mal e qual o caminho a seguir sem recorrer a meios (leia-se compra de sócios) menos honestos?

Não sou a favor das sociedades desportivas, que foram criadas nos anos 90 e mais tarde regulamentadas (em 2013), mas entre uma SDUQ e uma SAD prefiro uma SDUQ. Já agora, entre uma SDUQ e uma SDQ (novo regime de sociedade desportiva) continuo a preferir a SDUQ e entre uma SDQ e uma SAD prefiro claramente uma SDQ. E porquê? Porque não gosto de sociedade anónimas…

Quanto aos que gostam de bater no peito e dizerem que são “Rio Ave até morrer”, pelo que tenho lido isso só se aplica se estivermos na primeira (e vá lá na segundona para lançarmos os foguetes e apanharmos as canas dos festejos de subidas). Se por algum motivo formos parar às nacionais amadoras ou mesmo às distritais isso do ser “Rio Ave até morrer” já não é bem assim.

Termino com este dueto dos gregos Nana Mouskouri e Demis Roussos (além da legendagem em grego, tem também legendas em inglês). Atentem à letra que fala em casacos, barcos, da filha do capitão e até de arrependimentos.

domingo, 13 de agosto de 2023

Reportagem da Bola Branca/Renascença sobre as sociedades desportivas

Salvação ou morte? Investidores estrangeiros já controlam metade dos clubes da I Liga

Clubes com base no associativismo sentem-se cada vez mais encurralados, empurrados a adaptar os seus modelos de gestão. A alternativa é aceitar ficar longe das I e II Ligas. Há casos de sucesso, mas nos vários projetos falhados, como Desportivo das Aves e Olhanense, as consequências sobraram para quem fica: os sócios.
11 ago, 2023 - 06:30 • Eduardo Soares da Silva

Em Paços de Ferreira, a dúvida está instalada. A entrada de investimento externo já é tema de conversa pelos corredores e nas bancadas da Mata Real. A maioria dos candidatos à subida na II Liga já consegue pagar aos jogadores ordenados quase três vezes superiores aos que o clube consegue suportar.

Na primeira e na segunda divisões, mais de metade dos clubes já são controlados por investidores estrangeiros. Para os que ainda resistem, vender o clube a fundos de investimento torna-se cada vez mais a única saída para continuar a competir ao mais alto nível.

A I Liga arranca esta noite, com o dérbi minhoto entre Sporting de Braga e Famalicão. Há investimento estrangeiro por trás de ambos, um cenário que, silenciosamente, de ano para ano, está a tomar conta e transformar o futebol português.

Os casos mais recentes na primeira divisão são do Vitória de Guimarães (24% da SAD foi comprada pela empresa americana VSports, dona do Aston Villa) (1)

Este sistema é o oposto do associativismo tradicional, em que os sócios são os donos do clube e decidem o seu rumo através de uma direção eleita.
O Paços de Ferreira continua a ser um dos últimos redutos onde os sócios têm, verdadeiramente, a palavra; e, principalmente, a decisão. Mas o modelo está em vias de extinção.

“Podemos resistir até ao limite das capacidades, mas acho que o futebol caminhou para algo que deixou de ser desporto e passou a ser uma indústria. Começa a ser difícil resistir e encontrar soluções para sustentabilizar o clube”, aponta o presidente, Paulo Meneses, à Renascença.

“SC Braga é dos associados". Protesto contra entrada de dinheiro do Qatar na SAD é "legítimo"
António Pedro Peixoto, candidato à presidência do clube minhoto em 2017, aponta erro de António Salvador ao não recuperar a maioria da SAD e partilha “receios” sobre a entrada de investimento qatari no clube. (3)

Quando a maioria dos clubes passa a pagar pela transferência de jogadores e aumenta consideravelmente os salários oferecidos, Paços de Ferreira e outros com estruturas semelhantes têm cada vez mais dificuldades em manter-se competitivos.

Apenas dois anos depois de receber o Tottenham nas provas europeias, o Paços desceu à II Liga. Numa prova em que os candidatos à subida se renovam de época para época, vários clubes investem muito.

“Tenho mais dificuldades em fechar contratos na II Liga do que no ano passado na primeira divisão”, assume Paulo Meneses.

Vejo clubes a oferecer oito ou nove mil euros líquidos a jogadores. No limite, o Paços oferece três ou três e meio. Este ano, já vi contratos superiores aos que via no ano passado na primeira divisão. As coisas cresceram exponencialmente só num ano. Não temos qualquer tipo de possibilidade e, mesmo se estivéssemos na I Liga, não era possível competirmos sequer com estes ordenados da segunda.”

Paulo Meneses alerta para “um mercado livre para exageros” e para o risco que os clubes correm de “se tornarem meros veículos para fundos”, que se “aproveitam da existência de um clube para alcançar objetivos”.

"Mesmo que o Paços estivesse na I Liga, não era possível competirmos com os atuais ordenados que se oferecem na II Liga"

Quem investe em Portugal?

Os casos de Sporting de Braga Vitória Sport Clube são só os mais recentes, mas fundos e empresas já investem nos clubes portugueses há vários anos e chegam um pouco de todo o mundo.

Fundos de investimento americanos compraram as Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) de Estoril (MSP Sports Capital), Casa Pia (MSD Capital) e Estrela da Amadora (My Football Club).

Famalicão tem um dono israelita, Idan Ofer, enquanto o brasileiro Theodoro Fonseca é o proprietário da SAD do Portimonense.

Vizela - que subiu do Campeonato de Portugal à I Liga em duas épocas - teve investimento de Hong Kong até ao ano passado. Entretanto, o fundo Seca Incorporated deu lugar a outro, da Malásia, com o nome de F. Karpia.

Já a empresa Joga Bonito, controlada pelo espanhol-luxemburguês Gérard Lopez e sediada em França, detém a maioria do capital social do Boavista.

Seis destes nove clubes não jogavam na I Liga à data da aquisição e o investimento externo permitiu alavancar o regresso.

Adaptar ou morrer

Em Famalicão, o capital estrangeiro não é novidade. Até 2018, as dificuldades financeiras não permitiam mais do que lutar para sobreviver na II Liga. A realidade não era compatível com as ambições da direção e dos sócios.

Para chegar à I Liga, o presidente de então, Jorge Silva, só via o caminho da entrada de uma empresa externa para gerir o futebol profissional.

“Tudo estava esticado ao máximo, não havia onde recorrer. O que queríamos só era possível com uma injeção de capital que nos permitiria dar um salto maior. Foi nesse momento que decidimos que era preciso encontrar alguém para fazer o caminho connosco", conta à Renascença.

Assim surgiu o Quantum Pacific Group. A empresa liderada por Idan Ofer, empresário israelita e também dono do Atlético de Madrid, adquiriu a maioria da SAD do Famalicão nesse verão.

Os resultados foram imediatos. O clube contratou jogadores mais caros - e melhores - e a subida à I Liga, por onde o Famalicão já não passava desde a década de 90, chegou logo no final da primeira época.

Em quatro épocas na I Liga, conseguiu terminar sempre no “top-10”, lutou pelo apuramento europeu e chegou a duas meias-finais da Taça de Portugal: “É importante encontrar bons parceiros. Se o espírito for mesmo apostar na indústria, esses clubes vão emergir e sobressair em relação a todos os outros."

Portugal não é pioneiro neste tipo de investimento. Na Premier League inglesa, todos os clubes sem exceção têm proprietários e a influência do campeonato mais rico do mundo tem-se espalhado pela Europa. Por cá, alguns apontam como uma mera questão de tempo.
Vamos nós ser uma ilha e diferentes dos outros?", questiona Jorge Silva. "Há que fazer esta leitura e depois cada um toma as suas opções. Mas parece-me cada vez mais uma inevitabilidade.

Sócios perdem a voz

Quando a maioria da SAD é adquirida, o clube - e, por consequência, os sócios -, deixam de ter palavra ativa no rumo das operações. “Não é um risco, é uma factualidade”, explica o antigo presidente do Famalicão.

“É o lado que nos custa mais, foi como dar o meu filho para adoção. Custa muito, mas, a partir do momento em que o investidor detém a maioria do capital, naturalmente que lhe compete a ele fazer a gestão. Não podemos ter o melhor dos dois mundos, sol na eira e chuva no nabal. Não é possível. Temos de ter disponibilidade mental para perceber que, a partir daquele momento, as coisas não são como eram antes”, afirma Jorge Silva.

Paulo Meneses discorda que só existam essas duas vias. O dirigente imagina um Paços adaptado a esta realidade, mas sem que o clube perca a voz nas decisões.

Isso é possível com aquilo que chama de uma “solução intermédia”: “Pergunto se o Braga, que é exemplarmente gerido, tem a maioria do capital social. Penso que não, mas tem o domínio completo e absoluto da SAD."

"É possível fazê-lo e teremos de o fazer encontrando um modelo adequado. Alguns clubes aceitam vender-se na globalidade, mas não há só esse caminho. Ninguém investe cegamente, mas pode investir e acreditar na estrutura, na gestão e na história. É possível ter o domínio dos estatutos da SAD e que barrem qualquer tomada de assalto, que bloqueie mecanismos de abusos da SAD perante o clube”, prevê.

“Vamos nós ser uma ilha e diferentes dos outros países?", questiona o antigo presidente do Famalicão

Aves deixado ao abandono

Muitos clubes portugueses aceitam a entrada de investimentos em situações de desespero. A direção do Paços gostaria de ver os sócios a debater o assunto com tempo, de forma a evitar esse cenário.

“O que defendo é que se o Paços quiser mudar que o faça antes de ter necessidade. Em momento de estrangulamento, não teremos capacidade negocial. É importante ter capacidade de antecipação, porque o futebol está em mudança”, atira.

O caso do Famalicão é, até à data, de grande sucesso e Jorge Silva não encontrará muitos sócios arrependidos. Mas outros viram os seus clubes a cair no abismo de ilegalidades financeiras. Em último caso, quem paga a fatura são sempre os clubes e os seus sócios.

Com a “corda na garganta”, o Desportivo das Aves avançou para a venda da SAD em 2015. A maioria do capital ficou nas mãos da empresa “Galaxy Believers”, de origem chinesa.
António Freitas é um nome histórico nas Aves. Foi presidente em quatro momentos diferentes, mas apenas acompanhou a transição da SAD enquanto sócio. Com a experiência que lhe é reconhecida, recorda o processo com grande desconfiança.

“Estive nas assembleias e não gostei dos termos em que foi feito, pressentia que as coisas poderiam correr menos bem. Como é possível um clube de uma vila ter o quinto maior orçamento? Era impossível, teria de 'dar raia', como deu. Tivemos jogadores a ganhar 50 mil euros, como é que isso é possível?”, lamenta.

O clube chegou à I Liga em 2017 e por lá ficou durante três temporadas. O Aves conseguiu até conquistar uma Taça de Portugal, no ano seguinte, frente ao Sporting, o que "ajudou a encobrir muita coisa", recorda o ex-dirigente.

Os problemas foram aparecendo e rapidamente se tornaram públicos. A SAD fechou portas no fim da época 2019/20, depois de ter chegado às manchetes dos jornais.

Com vários ordenados em atraso, mais de metade do plantel rescindiu contrato ainda antes da época terminar. Só a entrada de António Freitas no clube assegurou que as últimas jornadas frente ao Portimonense e Benfica se realizassem.

Havia desvios e negócios mal feitos, tentaram salvar-se a eles mesmos e o clube foi ficando para trás. A SAD dizia que ia continuar, já tinha campo onde jogar, mas foi um chorrilho de mentiras. Senti-me triste, ando no futebol há muitos anos, vi-me com o menino nas mãos e tive de começar tudo do princípio, à pressa. Fomos para os distritais”, conta.

Desportivo das Aves recomeçou no distrital com novo nome: Aves 1930. No entanto, viu-se impedido de inscrever jogadores pela FIFA devido à "monstruosa dívida" da SAD, a rondar os 16 milhões de euros.

Este verão, surgiu uma oportunidade para o clube regressar aos campeonatos profissionais.

Sem possibilidade de jogar em Vila Franca de Xira e em colisão com a Câmara Municipal, a SAD do Vilafranquense decidiu vender a sua vaga na II Liga. O Aves foi abordado e, "condenado a fechar", decidiu aceitar a proposta.

"Era a única solução que o Aves tinha", afirma António Freitas, que era o presidente à data da transição. O Vilafranquense clube terá de seguir o mesmo caminho do Aves em 2020: recomeçar na última divisão distrital da Associação de Futebol de Lisboa.

Queda nos distritais "é uma vergonha e uma grande tristeza" para o Olhanense
Presidente Isidoro Sousa quer separar clube da SAD e recomeçar do zero, como aconteceu com Belenenses e Desportivo das Aves. (4)

Olhanense obrigado a parar

No sul do país, um dos clubes com mais história do Algarve está encostado à parede e não conseguiu encontrar uma solução como o Aves.

Formar uma equipa sénior pode implicar (ainda mais) o Olhanense nas dívidas de uma SAD na iminência de declarar insolvência.

A SAD do Olhanense foi comprada em 2013 com dinheiro de origem italiana. Na altura, o clube jogava na I Liga. Entre sucessivos insucessos desportivos e o acumular de dívidas, os algarvios foram descendo divisões e caíram, por último e pela primeira vez na história, aos campeonatos distritais.

Manuel Cajuda não é um nome estranho para quem acompanha futebol em Portugal. O histórico treinador não conseguia mais assistir, à distância, aos problemas do seu clube. Com 72 anos, aceitou o desafio dos sócios e tornou-se presidente do clube onde já tinha sido jogador e treinador.

“Estragaram isto tudo. Nasci aqui, fui jogador, treinador e agora presidente. Há poucos dias perguntaram-me se era a cadeira de sonho e eu disse que não. É a cadeira da realidade. Dói a mim e a todos os olhanenses. Temos de encarar a realidade, não interessa chorar e colocar a cabeça debaixo da areia”, assume à Renascença.

O clube foi despromovido do Campeonato de Portugal, mas na verdade não vai poder sequer participar nas competições seniores da AF Algarve. Em causa está o mesmo problema do Aves: as dívidas da SAD:
Não estamos impedidos, mas, se inscrevermos uma equipa sénior, corremos o risco de ser sucessores da SAD. Não conseguimos obter certidões e apoios camarários. Por inerência, as dívidas estão ligadas. É uma agonia enorme."

Cajuda, que não se confessa “contra investimentos de fora”, mas apenas “contra os maus investimentos de fora”, não prevê que o Olhanense volte aos relvados com uma equipa sénior nos próximos anos.

“Não podemos entrar mais nesta farsa de sermos responsáveis por atos que nada têm a ver com o clube. Estamos à espera que a SAD tome uma decisão: ou pede insolvência, ou pedirão os credores. Mas qualquer pedido levará muito tempo e serão uns três ou quatro anos até libertar”, prevê.

Com a experiência de mais de 500 jogos na I Liga e passagens por clubes como Braga, Belenenses, Marítimo e Vitória, Cajuda já não imagina outro caminho a não ser reerguer o histórico Olhanense.

“Não posso perder tempo com ‘coisinhas’. É esta a minha realidade, é daqui que tenho de partir e não ter vergonha de começar do zero. Os melhores anos da minha vida são os que tenho para viver e espero que os do Olhanense sejam os mesmos, para a frente. E o património é enorme, mora um campeão nacional em Olhão, coisa que a grande maioria dos clubes não pode dizer”, recorda.

Manuel Cajuda: "Não tenho vergonha de começar do zero"

Hegemonia dos grandes ameaçada

A entrada de capital mudou o rumo do futebol europeu e criou novos campeões. O Manchester City passou de um clube de menor dimensão, eternamente na sombra do vizinho United, para uma hegemonia no campeonato mais disputado do mundo. Tudo como consequência do investimento multimilionário dos Emirados Árabes Unidos.

Do outro lado do Canal da Mancha, o dinheiro do Qatar tomou conta do Paris Saint-Germain que, rapidamente, o tornou num crónico vencedor da Ligue 1. O mesmo repete-se em vários campeonatos. Com maior ou menor influência, maior ou menor investimento.

Investimento do Qatar em Braga "pode mudar a estrutura do futebol português"
Daniel Sá, do Instituto Português de Administração e Marketing, acredita que os clubes só são dos sócios de forma "simbólica" e considera inevitável a entrada de capital estrangeiro nos três grandes. (5)

O mesmo pode acontecer em Portugal. Tirando a conquista do Boavista, em 2001, Porto, Benfica e Sporting venceram todos os campeonatos dos últimos 70 anos, mas o cenário pode mudar a médio prazo.

“O Paços não, mas um Vitória ou Braga podem encurtar distâncias na discussão pelo título e o Braga já tem feito isso com recursos internos”, alerta Paulo Meneses, do Paços de Ferreira.
“Se tiverem capacidades financeiras para captar jogadores que vão ajudar, pode acontecer. O próprio Braga já compra e recusa-se a vender por valores que não considera justos. Isto só acontece porque há sustentabilidade e formas de financiamento que permitem essa ousadia. Com investidores é mais fácil, mas sem competência na gestão, não se vai lá”, completa.

Há quase dez anos que o Paços é confrontado com propostas para aquisição. É um clube sem passivo e com infraestruturas próprias e adaptadas ao futebol moderno.
Quer a decisão seja permitir a entrada de um investidor ou manter o modelo de associativismo, serão sempre os sócios do Paços a tomá-la. Mesmo que isso possa condenar o clube a um futuro longe da I Liga.

É preciso abrir essa discussão com tempo. Os sócios têm toda a legitimidade para dizer que é para manter nesta estrutura, nem que seja preciso jogar na Liga 3. É legítimo que se pense assim, mesmo que possamos estar mais dez ou 20 anos nos campeonatos profissionais”, conclui.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

A necessária blindagem estatutária

Já tornei público que sou conta a constituição de uma SAD ou de termos directores eleitos remunerados pelo Clube (mas neste tópico defendo, e defendi numa AG, que deveríamos por exemplo menos vogais na direcção e directores remunerados pela SDUQ, não se demitindo do Clube, mas suspendendo o seu mandato, e a discussão pública (pública, mas apenas aberta aos sócios) dos Estatutos poderia ter sido benéfica nestes pontos.

É sabido que houve uma revisão estatutária do nosso Clube, entretanto interrompida (infelizmente interrompida), que previa alterações tais como o do nosso Clube ser directa ou indirectamente accionista maioritário de uma possível constituição de SAD e também previa alterações como a possibilidade dos directores eleitos poderem ser remunerados pelo Clube (proposta apresentada aos membros eleitos, mas retirada aquando da apresentação da proposta dos Estatutos aos sócios.

E toco neste assunto porquê? Porque pode ter passado despercebido à maior parte de nós, mas nos últimos dois dias saíram algumas notícias sobre alterações estatutárias ou de recompras de acções de SAD noutros clubes.



Notícia 1: será apresentada e votada pelos sócios do Porto clube a impossibilidade de investidores externos deterem no conjunto a maioria da Porto SAD;
Notícia 2: será apresentada e votada pelos sócios do Benfica clube a possibilidade dos directores eleitos poderem ser remunerados e de limitar até três mandatos os titulares dos cargos de presidentes dos órgãos sociais do clube;
Notícia 3: o clube Sanjoanense voltará a ter a totalidade da SAD (o clube detinha 35% das acções).

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Dívidas da SDUQ da Académica à Rio Ave SDUQ

A página Notícias de Coimbra publicou ontem uma extensa lista de credores da SDUQ da Académica, que como é sabido apresentou um pedido de insolvência. Entre os credores encontra-se a nossa SDUQ, desconhecendo-se no entanto qual do valor do calote. O que se sabe pela notícia é que a totalidade do valor que as dez sociedades desportivas reclamam, supera os 200 mil euros.


Refira-se a título de curiosidade que entre os credores, encontra-se o Zé Gomes, nosso ex jogador e ex treinador das camadas jovens.

ACTUALIZAÇÃO: segundo a mesma fonte (Notícias de Coimbra) há um processo do Braga no valor de 57 mil euros e o Record adianta que só do Sporting a dívida será de 150 mil euros. Falta conhecer qual o valor que a nossa SDUQ é credora.

LINKS:

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Alterações estatutárias, Sad e sessões de esclarecimento

 Não sei se os sócios do Rio Ave estão ao corrente de um assunto que irá moldar o futuro do clube- ou não. Tão só uma alteração estatutária adaptada aos dias de hoje e em que os sócios foram chamados a emitir sugestões.

Quem esteve presente na última assembleia geral já sabe de antemão que em princípio no decorrer do mês de Outubro será feita uma sessão de esclarecimento relativamente às alterações estatutárias. Relembro que o clube deixou à mercê dos sócios a oportunidade de enviar sugestões para a referida alteração, seja diretamente para o clube ou através do provedor do adepto. Uma das sugestões que o clube recebeu, foi certamente, o impedimento de se concorrer aos orgãos sociais sem ter antiguidade suficiente para assumir determinados cargos. Digo isto, porque foi uma das sugestões que eu próprio enviei.

Já no que diz respeito à constituição de uma SAD, poderá ou não ser temática abordada nestas sessões de esclarecimento, mas tal como a alteração de estatutos terá sempre que passar pelo crivo dos sócios em Assembleia geral convocada para o efeito. E quanto a isto, não tendo opinião definitiva, adianto já que se o clube abrir o capital social a investidores externos mas que não garantam a maioria do capital ao próprio clube serei totalmente contra. Por outro lado, se o clube for maioritário na futura sociedade desportiva e tendo em conta que quer queiramos ou não, o futuro dos clubes passam obrigatoriamente por aí, deixo a porta aberta a esse futuro-ainda que necessite de saber todas as condições e contrapartidas que daí advêm. 

Ainda terei oportunidade de aqui escrever mais detalhadamente opiniões e visões sobre este tema da SAD, mas adianto desde já que se for para avançar por esse caminho, prefiro avançar por aí com ASC do que com qualquer outro que se apresente entretanto a concurso.



domingo, 30 de maio de 2021

O que correu mal?

Desde o início da época que nós sócios, pelo menos alguns, percebemos que o orçamento aprovado para esta época não correspondia com a qualidade com o plantel que estava a ser construído.

No mercado de Janeiro, principalmente com as contratações feitas nos últimos dias, mais certezas ficaram que algo não batia certo.

Ficava a ideia de que estávamos a atacar algo que não os lugares que davam acesso às provas europeias.

É certo que as víboras que existem no balneário, e que mais uma vez contribuíram para novas trocas de treinadores e curiosamente sempre em anos europeus (dois treinadores na época 2016/17, três treinadores na época 2018/19 e quatro treinadores nesta época de 2020/21) ajudaram a boicotar a presente época. E não nos podemos esquecer como foi tratado o processo Matheus Reis e de outros.

Até parece que a época foi planeada para ficarmos às portas da europa e assim validarmos a argumentação da constituição de uma SAD, conforme o manifesto eleitoral, só que a brincadeira acabou por correr mal, não foi?

Se isto é mais uma teoria da conspiração, expliquem então por que raio se construiu com tantos milhões uma equipa de tostões.