Sobre a AG extra do próximo domingo e do possível investidor não há muito a acrescentar àquilo que tenho lido nas redes sociais e do que tem saído nos jornais.
Por falar em jornais, saiu ontem à tarde na edição on-line d’A Bola uma notícia sobre a possível constituição de uma SAD e do investidor bilionário. Um texto bonito e longo para o que estamos habituados. Estou curioso em saber se essa notícia sairá na integra na edição de papel. Recordo-me que juntamente com mais dois sócios enviei um email à presidente da direcção, com conhecimento a vários elementos do Clube e da estrutura, que dois ou três dias depois apareceu “milagrosamente” escarrapacha na edição on-line d’A Bola, mas não na edição em papel.
Também esta semana tivemos um furo sobre o investidor que saiu primeiro nos jornais na Global Media Group (JN e O Jogo). Aqui no burgo nunca houve dificuldades em plantar notícias, pois não?
Sobre a AG propriamente dita gostaria de acrescentar isto: esta direcção teve quatro meses para proceder à alteração estatutária antes de avançar com esta imposição de um novo modelo de sociedade desportiva. Quatro meses. Muito do trabalho já havia sido feito que não se aproveitou e não se avançou, porquê?
Segundo informou a presidente na AG passada, a alteração estatutária é uma proposta da direcção e os elementos da anterior direcção não concordaram com aquilo que lhes foi apresentado.
Pergunto: com que é que não concordaram? Por terem retirado da proposta, que forneceram aos órgãos sociais, a possibilidade dos elementos da direcção poderem serem remunerados? Ou com a imposição estatutária do Clube ter que directa ou indirectamente ter maioria de uma futura SAD?
Outra questão negativa é esta compra de sócios (que não terá começado neste anos de 2023, mas sim a partir de Setembro de 2022). Quem nos quer gerir não tem a competência em explicar aos sócios o que está mal e qual o caminho a seguir sem recorrer a meios (leia-se compra de sócios) menos honestos?
Não sou a favor das sociedades desportivas, que foram criadas nos anos 90 e mais tarde regulamentadas (em 2013), mas entre uma SDUQ e uma SAD prefiro uma SDUQ. Já agora, entre uma SDUQ e uma SDQ (novo regime de sociedade desportiva) continuo a preferir a SDUQ e entre uma SDQ e uma SAD prefiro claramente uma SDQ. E porquê? Porque não gosto de sociedade anónimas…
Quanto aos que gostam de bater no peito e dizerem que são “Rio Ave até morrer”, pelo que tenho lido isso só se aplica se estivermos na primeira (e vá lá na segundona para lançarmos os foguetes e apanharmos as canas dos festejos de subidas). Se por algum motivo formos parar às nacionais amadoras ou mesmo às distritais isso do ser “Rio Ave até morrer” já não é bem assim.
Termino com este dueto dos gregos Nana Mouskouri e Demis Roussos (além da legendagem em grego, tem também legendas em inglês). Atentem à letra que fala em casacos, barcos, da filha do capitão e até de arrependimentos.
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