total de 835 jogos na 1ª Divisão/Liga / 945 pontos conquistados na 1ª Divisão/Liga / 885 golos marcados na 1ª Divisão/Liga
FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL: 1/MAIO /1984 e 18/MAIO/2014 FINAL DA TAÇA DA LIGA: 7/MAIO/2014 FINAL DA SUPERTAÇA: 10/AGOSTO/2014
TÍTULOS 2ª DIVISÃO/LIGA 1985/86; 1995/96 e 2002/03 3ª DIVISÃO 1976/77 3º MELHOR CLUBE PORTUGUÊS (IFFHS) 2014

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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Notícia Rio Ave F.C.

João Eusébio antecipa apresentação – 07.07.08
Com a apresentação oficial do plantel à comunicação social agendada para a próxima sexta-feira, pelas 11.30 horas, o Rio Ave iniciou hoje os trabalhos de preparação da nova temporada, com a habitual realização dos exames médicos. O treinador do Rio Ave, João Eusébio, explica que o plantel ainda não está completo, pelo que o Clube continua activo no mercado de transferências. Quanto a objectivos desportivos, a manutenção na I Liga afigura-se como a meta a atingir.
http://www.rioave-fc.pt/primeira%20pagina/primeira%20pagina6.htm

- Como define o plantel do Rio Ave para a próxima temporada?
- É um plantel constituído na sua maioria por jogadores que transitam da época passada e que, por isso, já conhecem o modelo de jogo do Rio Ave e os objectivos que a equipa técnica e o Clube pretendem alcançar. Temos esperança de que esta equipa seja capaz de corresponder aos objectivos traçados. Ainda faltam alguns jogadores para podermos considerar que o plantel está fechado, sobretudo, devido à saída de outros elementos. É uma situação que não desejávamos, mas temos noção de que as prioridades do Rio Ave são para respeitar.
- Quais as saídas confirmadas?
- Para além do Chidi e Danielson, há outras situações que ainda estão a ser analisadas, pelo que o plantel pode sofrer alterações a qualquer momento. A filosofia do Clube é rentabilizar os seus jogadores do ponto de vista financeiro, e a equipa técnica está solidária com esse objectivo. A grande ambição do Rio Ave não passa pelos objectivos desportivos, porque esses são traçados pela equipa técnica. Nesse sentido, compreendemos as opções que são tomadas.
- Alternativas para suprir as lacunas?
- As alternativas estão condicionadas pelo orçamento. A conjuntura financeira não é a melhor. Não se trata de uma realidade exclusiva do Rio Ave, porque tem vindo a afectar todas as equipas, e até mesmo outros sectores da sociedade nacional. Assim, as alternativas encontradas terão de se enquadrar nas limitações do Rio Ave. Isso significa que teremos sempre um trabalho redobrado, porque qualquer reforço que seja contratado terá de se habituar aos nossos métodos de trabalho, assimilar os processos de jogo…No entanto, estamos seguros de que não será uma tarefa muito complicada, porque os jogadores são empenhados e conseguem acompanhar essa integração.
- Dos reforços confirmados, destaca algum nome em particular?
- Não. Cada um tem as suas características próprias, adaptadas às posições definidas. Só esperamos que os novos jogadores assimilem rapidamente aquilo que se pretende e que, a nível individual, consigam integrar-se no grupo. Essa tarefa passa muito, também, pelo trabalho dos capitães de equipa.
- Não há nomes sonantes…
- Depende do que são nomes sonantes! Cito o exemplo do Miguel Lopes que, na época passada, ninguém conhecia, recaindo sobre ele algumas dúvidas. Em pouco tempo, conseguiu afirmar-se e chegou a internacional. A filosofia do Rio Ave é mesmo esta: contratar jogadores com potencial, dar-lhes uma oportunidade e valorizá-los. A equipa técnica faz parte deste projecto e, portanto, estamos todos conscientes de que este é o trabalho que nos espera.
- Mas estar atento aos talentos emergentes obriga a um trabalho constante…
- Sim. Por isso, este ano, vamos reactivar o Gabinete de Prospecção que é fundamental para esse trabalho de observação e acompanhamento da evolução de possíveis jogadores que interessem para o Rio Ave. Clubes como o nosso vivem com grandes dificuldades financeiras e não podem abdicar deste trabalho, porque não podem falhar nas contratações. Como treinador, é óbvio que gostava de trabalhar com jogadores já com provas dadas. Teria menos trabalho, mas seria menos aliciante, certamente.
- Transita algum jogador das camadas de formação para o plantel profissional?
- Vamos manter o Ricardo Martins e o Fábio Faria. De resto, há outros dois jogadores que já dispensamos para outro clube, tendo noção de que será muito mais difícil, este ano, conseguirem impor-se no plantel do Rio Ave. Mas a nossa equipa é jovem, composta por jogadores com ambição.
- Quais os objectivos para a próxima temporada?
- Há um objectivo prioritário que não pode ser descurado: a formação. O Rio Ave tem como ambição principal formar novos jogadores que possam interessar ao plantel sénior. Este trabalho implica qualidade e não quantidade. Em termos desportivos, o Rio Ave não aspira a muito mais do que a manutenção na I Liga. Isto não significa que a equipa não possa ou não consiga fazer um bom campeonato, mas temos de perceber que a realidade é esta. Por outro lado, queremos garantir uma maior projecção do Clube, o que passa pela mudança de estrutura do departamento profissional.
- Para fazer a “ponte” com o departamento de formação?
- Sim. A estrutura do futebol tem de ser encarada como um só corpo. Por isso, cada elemento da equipa técnica do Rio Ave vai coordenar um departamento dessa estrutura: eu serei o Coordenador Geral do Futebol, o Francisco Costa será o Coordenador da Formação, o Lima Pereira será o Coordenador de Desempenho e o Augusto Gama vai coordenar o Gabinete de Prospecção e Observação de Talentos, sendo que este departamento vai assentar nas vertentes da formação de novos jogadores e de avaliação das equipas adversárias.
- Ter conhecimento da realidade financeira do Clube e, portanto, ter os “pés assentes na terra”, é uma vantagem para si, tendo em conta a situação actual do futebol português?
- Como treinador não entendo que seja uma vantagem. Não quero ser mal interpretado, mas na verdade, preferia ter um plantel diferente, com jogadores mais experientes e com os tais nomes sonantes…este é o desejo de qualquer treinador. O ideal seria compor uma equipa sem preocupações financeiras. No entanto, e tendo noção dos limites do Clube, é preciso criar um elo muito forte entre Direcção e Equipa Técnica para que os objectivos sejam comuns. A maior vantagem é saber que ambas as partes vão empenhar-se para cumprir o que estiver estipulado. Rumamos todos no mesmo sentido.
- Que diferenças existem na preparação de uma equipa para a I Liga, em relação à II?
- Não vejo diferenças significativas. Tudo depende dos objectivos desportivos. Na minha opinião, preparar uma equipa que tem como objectivo conseguir a subida de divisão é muito mais difícil do que lutar apenas pela manutenção. De resto, estamos a falar de duas estruturas profissionais e, por isso, as “obrigações” são semelhantes. Claro que há evolução de ano para ano e, nesse sentido, temos de exigir mais aos jogadores. É preciso aumentar e complexificar os objectivos individuais de cada elemento, para que não se acomodem. Mesmo os jogadores mais velhos e mais experientes precisam desta redefinição de objectivos.
- Recuando ao final da época passada, a subida de divisão foi muito sofrida. Como viveu esse período?
- Com tranquilidade. Sabíamos que o campeonato era difícil e que iria decidir-se nos últimos jogos. Ao longo da temporada, a equipa do Rio Ave ganhou 8 jogos nos últimos minutos e 70% dos golos resultaram de lances de bola parada. Tínhamos consciência destes números e estávamos tranquilos. Enquanto treinador, confiei sempre na equipa e estava convicto do seu valor e empenho.
- No final jogo, era um treinador feliz e com a noção de dever cumprido…
- Muito feliz. Ao longo da época, todos os objectivos foram cumpridos, alguns até precocemente. A subida de divisão foi o corolário de uma época positiva, traduzido no objectivo colectivo de todos, desde dirigentes a treinadores, jogadores e adeptos. Não foi um percurso fácil, devido a circunstâncias que são conhecidas de toda a gente, obrigando a um trabalho reforçado. Mas, felizmente, conseguimos!
- Acha que conseguiu provar aos críticos que afinal os santos da casa fazem milagres?
- Não sinto que precisasse de provar alguma coisa. É um facto que é difícil treinar uma equipa da nossa terra. Isso não acontece só no futebol, nem só em Vila do Conde. É uma situação transversal a todos os sectores. Julgo que o nosso trabalho é reconhecido por quem, de facto, tem competência para isso. Neste caso, pela Direcção do Rio Ave.
- Em todo o caso, hesitou na renovação do contrato como treinador?
- Não. Essa foi outra ideia que surgiu, vinda não sei de onde. Quando fui convidado, aceitei de imediato. O que aconteceu foi a reestruturação do departamento de formação, o que implicou encontrar as pessoas certas para desempenhar as tarefas que estavam definidas. Tudo demora o seu tempo e foi só isso que aconteceu. Foi preciso criar novos objectivos. Não basta perguntar se quer continuar…é preciso saber em que condições e para fazer o quê. Até tudo estar clarificado e definido ainda demorou algum tempo. Aliás, a estrutura final só ficou completa há cerca de uma semana.

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