Despedida e novo estádio

Novo estádio no adeus
ANDRÉ VELOSO GOMES

Os adeptos do Rio Ave podem aguçar o apetite para o que aí vem. Nas próximas semanas, em assembleia geral, e "sem carácter vinculativo, pois os sócios é que vão decidir", será apresentado o negócio para a construção do novo estádio. A garantia é dada por Paulo de Carvalho, que pretende o fechar o seu ciclo no clube com a apresentação do trabalho da sua equipa directiva nos últimos tempos, numa obra que considera de "importância vital para a sustentabilidade" do Rio Ave e que, há cerca de quatro anos, foi definida como um dos pilares para o futuro. "Esta Direcção fez o trabalho, procurou um determinado caminho e apresenta esta solução, mesmo podendo não ser a melhor. A decisão passará também por um conjunto de circunstâncias urbanísticas, de aprovação de projectos pelos sócios e uma decisão efectiva do modelo do negócio."

Com a certeza de que o actual Estádio "não é favorável à satisfação do consumidor, nem às novas exigências da competição", para rendibilizar o novo espaço vão "criar-se estruturas que permitam, através de renda ou de exploração, arranjar receitas que, no mínimo, consigam suprir as despesas de manutenção", explicou, lembrando que o mercado começou por ser "tímido", passando a uma fase de "bastante agressividade", com várias empresas interessadas. "Sobretudo no negócio da construção", revela o dirigente, dividindo o projecto entre "a construção, a exploração e a imobiliária". "Tínhamos de encontrar um parceiro interessado no negócio e, a partir daí, podíamos resolver os outros dois pilares: quem vai construir e como se há-de fazer o negócio em si. O primeiro passo é claramente saber quem compra isto. E nós temos esse cliente para um espaço comercial, portanto atrás dele virão os construtores."

Depois de "avaliar a credibilidade" do construtor, "obtendo a construção ao melhor preço", o passo seguinte será "saber quanto é que o Rio Ave quer tirar deste negócio". "Se o clube vai construir uma infra-estrutura neste espaço ou um negócio imobiliário, tem de arranjar um sítio para jogar futebol, por isso a primeira contrapartida tem de ser um novo estádio", explica, tendo como expectativa "conseguir uma renda fixa sobre o negócio que se venha a instalar".