Entrevista com André Vilas Boas
André Vilas Boas é um jogador muito querido pelos adeptos do Rio Ave, clube que conhece desde os nove anos. Médio de raiz, mas central quando necessário, André Vilas Boas acredita que a equipa vilacondense tem todas as condições para permanecer na Liga Sagres.
Com que idade começaste a jogar futebol e o que te levou a enveredar por este
desporto?
André Vilas Boas: Eu comecei a jogar com nove anos. A verdade é que desde sempre joguei futebol, mas nos primeiros tempos era com os amigos, na rua. A certa altura, entrei num torneio que se realizou no Convento de Santa Clara. Nessa competição, o Ilídio viu-me jogar e perguntou-me se eu queira aparecer aqui, no Rio Ave, para fazer uns testes. Eu vim e, apesar de ainda ter idade para jogar nas escolinhas, integrei logo o plantel de infantis.
Qual tem sido o teu percurso profissional no futebol?
André Vilas Boas: Eu joguei sempre aqui no Rio Ave, excepto por dois anos em que estive emprestado ao F. C. Porto. No final desse período regressei ao clube.
Ao longo da tua carreira jogaste sempre como médio?
André Vilas Boas: Quando comecei nos infantis, jogava como central. Só mais tarde é que experimentei jogar mais no miolo do terreno de jogo. Inclusive, já como Sénior fiz alguns jogos a central. Por exemplo, quando estive no F. C. Porto e em alguns jogos da selecção estive na posição de central. Tudo dependia se era necessário ou não.
Como te caracterizas enquanto médio? Quais os teus pontos fortes?
André Vilas Boas: Eu sou muito bom no jogo aéreo e também na recuperação de bola. Em campo, sou também agressivo, dou força ao meio-campo. Estas características permitem-me ajudar os colegas mais tecnicistas. Assim, os meus companheiros podem subir mais no terreno, enquanto eu fico na cobertura, dando mais segurança à estrutura de jogo.
Nesta época, estiveste no banco por poucas vezes, mas quanto estás nessa situação o que te passa pelo pensamento?
André Vilas Boas: Felizmente tenho estado quase sempre na posição de titular, mas quando estive na situação de suplente, pensei apenas na equipa. Claro que todos queremos jogar e dar o nosso melhor. No meu caso, sempre que estive no banco, preocupei-me com a equipa em primeiro lugar. Independentemente de jogar ou não, o que desejo é que o plantel atinja os bons resultados e deixe para trás esta fase menos bem conseguida.
Qual é a tua relação com os adeptos do Rio Ave?
André Vilas Boas: Penso que é uma boa relação. A maior parte já me conhece desde muito pequeno, desde que jogava nos escalões de formação. Quando encontro, na rua, algum adepto do clube, costumo ouvir palavras de motivação. Os adeptos estão sempre a dar-me força para ganhar. Claro que existe um carinho especial por eu ser natural de Vila do Conde, mas a verdade é que há no plantel outros jogadores, alguns até estrangeiros, que conquistaram igual afeição.
Qual o melhor momento que viveste na presente temporada?
André Vilas Boas: O melhor momento até agora foi o primeiro jogo, em casa, frente ao Benfica. Foi um jogo muito bom para mim. Vínhamos da Liga de Honra e recebemos logo o Benfica. O empate foi um resultado muito satisfatório para nós e a exibição da equipa também foi positiva.
E qual o momento menos bom?
André Vilas Boas: Não identifico apenas um momento. Penso que todas as derrotas que sofremos foram momentos que marcaram pela negativa. Depois de perdermos um jogo, ninguém se sente pior do que nós, independentemente do adversário em causa.
Tens jogado como médio, logo marcar golos não é a tua função mais directa, mas
ainda te lembras do último golo que marcaste?
André Vilas Boas: (risos) Sim, recordo-me do último golo que marquei. Foi frente ao Olivais e Moscavide na sequência de um canto.
Quais os teus objectivos a médio prazo?
André Vilas Boas: Neste momento, apenas me passa pela cabeça ajudar o Rio Ave a conquistar a permanência na Liga principal. A um nível mais pessoal, gostava de protagonizar uma grande transferência e assim permitir ao clube um encaixe financeiro de relevo. Quando estive no F. C. Porto não consegui atingir esse objectivo. Continuo, no entanto, a procurar dar ao Rio Ave um retorno que me permita agradecer tudo o que já fez por mim.
O campeonato tem se revelado difícil para o Rio Ave. Como está o ânimo dos
jogadores?
André Vilas Boas: Como é compreensível, os ânimos estão um pouco em baixo. Está a ser muito difícil sair da zona de despromoção e, por mais que a equipa se esforce, não está a ser fácil. Vamos lutar até ao final e aqui ninguém vai baixar os braços. Eu penso desta forma e tenho a certeza que todos os meus colegas partilham a mesma ideia. Estamos tristes, mas todos vamos dar o melhor para ultrapassar esta fase. O bom é perceber que existe motivação. Na verdade, temos todas as condições para atingir os nossos objectivos e refiro-me a vários os campos. Falo, por exemplo, do facto de termos os ordenados em dia e de formarmos um plantel com qualidade. Não há nada que nos leve para baixo.
Sentes que, por seres natural de Vila do Conde, tens um carinho especial pelo Rio Ave?
André Vilas Boas: Tal como já disse, eu estou no clube há muitos anos. Sinto bastante tudo o que se passa nesta equipa. Mesmo quando estive fora, senti sempre o que acontecia no clube. Fico triste quando algo corre mal ao Rio Ave. Não tenho mais nenhum clube, a minha preferência recai apenas para o clube de Vila do Conde. Quando o clube está mal, eu também estou.
Os Juvenis do Rio Ave conseguiram atingir a prova de acesso à categoria de Nacional. Que mensagem lhes queres passar?
André Vilas Boas: Felizmente consegui assistir ao último jogo dos juvenis e gostei muito de ver a equipa jogar. O meu conselho é para que aproveitem este momento ao máximo. Os jogadores devem dar tudo o que têm. Se conseguirem chegar ao nacional, vai ser certamente uma fase que vão recordar o resto da vida. Os juvenis têm um excelente treinador (Manuel Gamboa), uma pessoa fantástica com quem gostei de trabalhar e que os vai conduzir a grandes resultados.
Como caracterizas o André fora do mundo do futebol?
André Vilas Boas: Sou uma pessoa muito calma e muito dedicado à família. Gostobastante de estar por casa. Sempre que posso estou também com os meus amigos, não sou diferente de ninguém. Tenho apenas um vício: adoro ver filmes. É mesmo o meu principal hobbie.
RAFC
André Vilas Boas é um jogador muito querido pelos adeptos do Rio Ave, clube que conhece desde os nove anos. Médio de raiz, mas central quando necessário, André Vilas Boas acredita que a equipa vilacondense tem todas as condições para permanecer na Liga Sagres.
Com que idade começaste a jogar futebol e o que te levou a enveredar por este
desporto?
André Vilas Boas: Eu comecei a jogar com nove anos. A verdade é que desde sempre joguei futebol, mas nos primeiros tempos era com os amigos, na rua. A certa altura, entrei num torneio que se realizou no Convento de Santa Clara. Nessa competição, o Ilídio viu-me jogar e perguntou-me se eu queira aparecer aqui, no Rio Ave, para fazer uns testes. Eu vim e, apesar de ainda ter idade para jogar nas escolinhas, integrei logo o plantel de infantis.
Qual tem sido o teu percurso profissional no futebol?
André Vilas Boas: Eu joguei sempre aqui no Rio Ave, excepto por dois anos em que estive emprestado ao F. C. Porto. No final desse período regressei ao clube.
Ao longo da tua carreira jogaste sempre como médio?
André Vilas Boas: Quando comecei nos infantis, jogava como central. Só mais tarde é que experimentei jogar mais no miolo do terreno de jogo. Inclusive, já como Sénior fiz alguns jogos a central. Por exemplo, quando estive no F. C. Porto e em alguns jogos da selecção estive na posição de central. Tudo dependia se era necessário ou não.
Como te caracterizas enquanto médio? Quais os teus pontos fortes?
André Vilas Boas: Eu sou muito bom no jogo aéreo e também na recuperação de bola. Em campo, sou também agressivo, dou força ao meio-campo. Estas características permitem-me ajudar os colegas mais tecnicistas. Assim, os meus companheiros podem subir mais no terreno, enquanto eu fico na cobertura, dando mais segurança à estrutura de jogo.
Nesta época, estiveste no banco por poucas vezes, mas quanto estás nessa situação o que te passa pelo pensamento?
André Vilas Boas: Felizmente tenho estado quase sempre na posição de titular, mas quando estive na situação de suplente, pensei apenas na equipa. Claro que todos queremos jogar e dar o nosso melhor. No meu caso, sempre que estive no banco, preocupei-me com a equipa em primeiro lugar. Independentemente de jogar ou não, o que desejo é que o plantel atinja os bons resultados e deixe para trás esta fase menos bem conseguida.
Qual é a tua relação com os adeptos do Rio Ave?
André Vilas Boas: Penso que é uma boa relação. A maior parte já me conhece desde muito pequeno, desde que jogava nos escalões de formação. Quando encontro, na rua, algum adepto do clube, costumo ouvir palavras de motivação. Os adeptos estão sempre a dar-me força para ganhar. Claro que existe um carinho especial por eu ser natural de Vila do Conde, mas a verdade é que há no plantel outros jogadores, alguns até estrangeiros, que conquistaram igual afeição.
Qual o melhor momento que viveste na presente temporada?
André Vilas Boas: O melhor momento até agora foi o primeiro jogo, em casa, frente ao Benfica. Foi um jogo muito bom para mim. Vínhamos da Liga de Honra e recebemos logo o Benfica. O empate foi um resultado muito satisfatório para nós e a exibição da equipa também foi positiva.
E qual o momento menos bom?
André Vilas Boas: Não identifico apenas um momento. Penso que todas as derrotas que sofremos foram momentos que marcaram pela negativa. Depois de perdermos um jogo, ninguém se sente pior do que nós, independentemente do adversário em causa.
Tens jogado como médio, logo marcar golos não é a tua função mais directa, mas
ainda te lembras do último golo que marcaste?
André Vilas Boas: (risos) Sim, recordo-me do último golo que marquei. Foi frente ao Olivais e Moscavide na sequência de um canto.
Quais os teus objectivos a médio prazo?
André Vilas Boas: Neste momento, apenas me passa pela cabeça ajudar o Rio Ave a conquistar a permanência na Liga principal. A um nível mais pessoal, gostava de protagonizar uma grande transferência e assim permitir ao clube um encaixe financeiro de relevo. Quando estive no F. C. Porto não consegui atingir esse objectivo. Continuo, no entanto, a procurar dar ao Rio Ave um retorno que me permita agradecer tudo o que já fez por mim.
O campeonato tem se revelado difícil para o Rio Ave. Como está o ânimo dos
jogadores?
André Vilas Boas: Como é compreensível, os ânimos estão um pouco em baixo. Está a ser muito difícil sair da zona de despromoção e, por mais que a equipa se esforce, não está a ser fácil. Vamos lutar até ao final e aqui ninguém vai baixar os braços. Eu penso desta forma e tenho a certeza que todos os meus colegas partilham a mesma ideia. Estamos tristes, mas todos vamos dar o melhor para ultrapassar esta fase. O bom é perceber que existe motivação. Na verdade, temos todas as condições para atingir os nossos objectivos e refiro-me a vários os campos. Falo, por exemplo, do facto de termos os ordenados em dia e de formarmos um plantel com qualidade. Não há nada que nos leve para baixo.
Sentes que, por seres natural de Vila do Conde, tens um carinho especial pelo Rio Ave?
André Vilas Boas: Tal como já disse, eu estou no clube há muitos anos. Sinto bastante tudo o que se passa nesta equipa. Mesmo quando estive fora, senti sempre o que acontecia no clube. Fico triste quando algo corre mal ao Rio Ave. Não tenho mais nenhum clube, a minha preferência recai apenas para o clube de Vila do Conde. Quando o clube está mal, eu também estou.
Os Juvenis do Rio Ave conseguiram atingir a prova de acesso à categoria de Nacional. Que mensagem lhes queres passar?
André Vilas Boas: Felizmente consegui assistir ao último jogo dos juvenis e gostei muito de ver a equipa jogar. O meu conselho é para que aproveitem este momento ao máximo. Os jogadores devem dar tudo o que têm. Se conseguirem chegar ao nacional, vai ser certamente uma fase que vão recordar o resto da vida. Os juvenis têm um excelente treinador (Manuel Gamboa), uma pessoa fantástica com quem gostei de trabalhar e que os vai conduzir a grandes resultados.
Como caracterizas o André fora do mundo do futebol?
André Vilas Boas: Sou uma pessoa muito calma e muito dedicado à família. Gostobastante de estar por casa. Sempre que posso estou também com os meus amigos, não sou diferente de ninguém. Tenho apenas um vício: adoro ver filmes. É mesmo o meu principal hobbie.
RAFC
1 comentário:
É para mim um orgulho enorme quando vejo o André com a braçadeira de capitão, penso que representa a verdadeira mistica do RIO AVE. Força André, espero que consigas essa tal transferência para que o nosso clube encaixe uma boa maquia e para que tu progridas e enchas de orgulho os teus adeptos e amigos porque tu mereces!
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