O JOGO
Rio de formação
No encontro em que o Rio Ave conseguiu travar o líder Braga, graças a um empate com golos de João Tomás e Evaldo, quatro dos titulares da equipa de Carlos Brito eram produtos da sua formação. Aos experientes Zé Gomes e André Vilas Boas, juntaram-se os jovens Vítor Gomes e Fábio Faria, numa aposta forte do clube. Acrescente-se Tiago Terroso e André Serrão, duas promessas que fazem parte do plantel, ainda que não sejam apostas habituais. Com estes seis, num plantel de 26 elementos, e à excepção de Sporting, na Liga Sagres, e de Varzim, na Liga Vitalis, ambos com mais de dez jogadores nos respectivos quadros, o Rio Ave é um dos emblemas que, actualmente, melhor resultados obtém do sector juvenil.
André Vilas Boas, 26 anos, capitão de equipa, confessa que "a maioria dos adeptos gosta de ver" jogadores da formação. "Eu e o Zé Gomes, como mais velhos, tentamos ajudar quem chega", acrescenta, perante André Serrão, 23 anos, que realizou "um sonho de criança".
A "proximidade com os adeptos" é outro factor a ter em conta nesta aposta, lembra Fábio Faria, internacional sub-21, enquanto que Vítor Gomes, 21 anos, ressalva que "existe um sentimento" que os torna "um pouco diferentes dos outros", ideia também apoiada por Tiago Terroso, da mesma idade, para quem a mística "pode fazer diferença". "Sentimos a camisola e a equipa fica mais forte", completou.
Zé Gomes, 33 anos, prefere deixar uma mensagem às centenas de jovens da formação, lembrando a importância de "não pensarem em exclusivo no futebol". "Os pais pensam que todos podem vir a ser o novo Cristiano Ronaldo, o que é raro. A formação como homem é fundamental", concluiu o mais experiente deste grupo de caxineiros.
Coentrão e Miguelito no expositor
Num passado recente, foi o Benfica que melhor aproveitou o trabalho da cantera do Rio Ave, contratando Miguelito e Fábio Coentrão. Se, no primeiro caso, a passagem pelo clube da Luz não correu bem, uma vez que Miguelito, actualmente a jogar no Marítimo, foi pouco utilizado, já a situação de Fábio Coentrão parece destinada ao sucesso. Tendo custado, em 2007, cerca de um milhão de euros, e depois de empréstimos a Nacional, aos espanhóis do Saragoça e Rio Ave, já rende golos e assistências no renovado Benfica. Ainda anteontem, participou em nova goleada encarnada jogando como lateral-esquerdo.
De Paulinho a Alípio
Numa análise à história de jogadores famosos saídos da cantera vila-condense, é impossível não lembrar o caso de Alípio, avançado brasileiro vendido ao Real Madrid, na época passada, rendendo cerca de 600 mil euros. Numa transferência pouco comum, que teve o dedo empresário Jorge Mendes, o gigante espanhol contratou um jovem de 16 anos que nunca havia alinhado em jogos oficiais pelo Rio Ave. Ainda que se trate de um atleta estrangeiro, este é um bom exemplo de que o trabalho na formação do clube não serve apenas a questão social, existindo uma forte preocupação com a vertente negócio. Recuando no tempo, Paulinho Santos, que se notabilizou no FC Porto e na Selecção Nacional, foi um dos expoentes máximos do sector de formação do Rio Ave.
ANDRÉ VELOSO GOMES
RECORD
Ricardo Chaves pagou o lanche e marcou golão
MÉDIO COMPLETOU 32 ANOS
Carlos Brito submeteu ontem os jogadores do Rio Ave a duas sessões de treino, sendo a de manhã com mais intensidade para os que empataram com o Sp. Braga. Só André Serrão, a recuperar de uma entorse no joelho direito, treinou-se à parte, enquanto Wires, ao sentir uma dor nos gémeos direitos no decorrer dos exercícios também ficou de fora, com gelo na perna, por prevenção.
O médio Ricardo Chaves, ao completar 32 anos, teve de pagar o lanche no fim do treino matinal, e na parte de tarde apontou um golão, com forte remate de longe, contribuindo, juntamente com Gama e Fogaça, para a vitória por 3-2 dos "brancos" sobre os "laranjas", que tiveram como marcadores João Tomás e... o guarda-redes Mora.
Autor: L.L.
Rio de formação
No encontro em que o Rio Ave conseguiu travar o líder Braga, graças a um empate com golos de João Tomás e Evaldo, quatro dos titulares da equipa de Carlos Brito eram produtos da sua formação. Aos experientes Zé Gomes e André Vilas Boas, juntaram-se os jovens Vítor Gomes e Fábio Faria, numa aposta forte do clube. Acrescente-se Tiago Terroso e André Serrão, duas promessas que fazem parte do plantel, ainda que não sejam apostas habituais. Com estes seis, num plantel de 26 elementos, e à excepção de Sporting, na Liga Sagres, e de Varzim, na Liga Vitalis, ambos com mais de dez jogadores nos respectivos quadros, o Rio Ave é um dos emblemas que, actualmente, melhor resultados obtém do sector juvenil.
André Vilas Boas, 26 anos, capitão de equipa, confessa que "a maioria dos adeptos gosta de ver" jogadores da formação. "Eu e o Zé Gomes, como mais velhos, tentamos ajudar quem chega", acrescenta, perante André Serrão, 23 anos, que realizou "um sonho de criança".
A "proximidade com os adeptos" é outro factor a ter em conta nesta aposta, lembra Fábio Faria, internacional sub-21, enquanto que Vítor Gomes, 21 anos, ressalva que "existe um sentimento" que os torna "um pouco diferentes dos outros", ideia também apoiada por Tiago Terroso, da mesma idade, para quem a mística "pode fazer diferença". "Sentimos a camisola e a equipa fica mais forte", completou.
Zé Gomes, 33 anos, prefere deixar uma mensagem às centenas de jovens da formação, lembrando a importância de "não pensarem em exclusivo no futebol". "Os pais pensam que todos podem vir a ser o novo Cristiano Ronaldo, o que é raro. A formação como homem é fundamental", concluiu o mais experiente deste grupo de caxineiros.
Coentrão e Miguelito no expositor
Num passado recente, foi o Benfica que melhor aproveitou o trabalho da cantera do Rio Ave, contratando Miguelito e Fábio Coentrão. Se, no primeiro caso, a passagem pelo clube da Luz não correu bem, uma vez que Miguelito, actualmente a jogar no Marítimo, foi pouco utilizado, já a situação de Fábio Coentrão parece destinada ao sucesso. Tendo custado, em 2007, cerca de um milhão de euros, e depois de empréstimos a Nacional, aos espanhóis do Saragoça e Rio Ave, já rende golos e assistências no renovado Benfica. Ainda anteontem, participou em nova goleada encarnada jogando como lateral-esquerdo.
De Paulinho a Alípio
Numa análise à história de jogadores famosos saídos da cantera vila-condense, é impossível não lembrar o caso de Alípio, avançado brasileiro vendido ao Real Madrid, na época passada, rendendo cerca de 600 mil euros. Numa transferência pouco comum, que teve o dedo empresário Jorge Mendes, o gigante espanhol contratou um jovem de 16 anos que nunca havia alinhado em jogos oficiais pelo Rio Ave. Ainda que se trate de um atleta estrangeiro, este é um bom exemplo de que o trabalho na formação do clube não serve apenas a questão social, existindo uma forte preocupação com a vertente negócio. Recuando no tempo, Paulinho Santos, que se notabilizou no FC Porto e na Selecção Nacional, foi um dos expoentes máximos do sector de formação do Rio Ave.
ANDRÉ VELOSO GOMES
RECORD
Ricardo Chaves pagou o lanche e marcou golão
MÉDIO COMPLETOU 32 ANOS
Carlos Brito submeteu ontem os jogadores do Rio Ave a duas sessões de treino, sendo a de manhã com mais intensidade para os que empataram com o Sp. Braga. Só André Serrão, a recuperar de uma entorse no joelho direito, treinou-se à parte, enquanto Wires, ao sentir uma dor nos gémeos direitos no decorrer dos exercícios também ficou de fora, com gelo na perna, por prevenção.
O médio Ricardo Chaves, ao completar 32 anos, teve de pagar o lanche no fim do treino matinal, e na parte de tarde apontou um golão, com forte remate de longe, contribuindo, juntamente com Gama e Fogaça, para a vitória por 3-2 dos "brancos" sobre os "laranjas", que tiveram como marcadores João Tomás e... o guarda-redes Mora.
Autor: L.L.
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