«O Rio Ave não quer, mas o Nacional está muito interessado em se fixar num lugar de acesso à Liga Europa». Assim arranca o artigo de hoje d’O JOGO sobre a partida entre o CDN e o RAFC.
De ontem ficamos a saber, também pelo mesmo jornal, que a Direcção tomou a decisão da não inscrição nas provas europeias de forma consciente.
Uns dias antes deste «erro de secretaria», a 15 de Dezembro, dizia o nosso capitão: «O Rio Ave nunca conseguiu alcançar uma posição que permitisse a participação numa competição europeia e, neste contexto, acho que todos gostaríamos de fazer história».
Temo que, para o que sobra desta época, paire a dúvida sobre os graus de motivação do nosso onze (é bom recordar o ano de 2004 quando ficamos a um golo da Europa) – felizmente Carlos Brito demarcou-se desta polémica decisão, estancando-a, deste modo, ao nível de uma gestão de tesouraria.
A ver vamos e espero que já hoje na Madeira a equipa demonstre, mais uma vez, todo o seu profissionalismo.
Estou em completa sintonia com o comentário do Miguel Dias. No entanto, acrescentaria o seguinte:
1. Já não é a primeira vez que isto acontece e, portanto, não só a direcção, mas também todos os associados, têm a obrigação de estar atentos: experimentei pesquisar no sítio da FPF e está disponível toda a regulamentação sobre a matéria (http://62.28.144.115/licenciamento/docs/manual2010.pdf) – acho que falhamos todos, cada um à escala das suas responsabilidades (à excepção do Renato Sousa que levantou atempadamente a questão (http://rioavistas.blogspot.com/2009/12/uefa.html) tendo, o que é significativo de como este lapso é colectivo, havido 0 comentários ao seu post…);
2. Também não me parece desprezível o eventual incumprimento dos estatutos – alínea 5 do Artigo 3º – lembrados por Sérgio Oliveira, que, muito bem, pretendem que se promova a participação do clube em competições além-fronteiras – algo melhor que uma da UEFA? Ou se mudam os estatutos ou se muda esta estratégia;
3. As sugestões do Renato Sousa tendo em vista a angariação do valor exigido pela FPF para a inscrição nas competições europeias pelos associados são, a meu ver, não só válidas como serão a melhor maneira de mostrar à nossa direcção – e aos atletas – a vontade e a ambição dos sócios do RAFC em ver o nosso emblema subir mais uns degraus. Gostava muito de ver o capitão André Vilas Boas juntar-se aos sócios e a dar a cara por tal campanha!
4. Retirado de fonte não oficial, pelo que espero não cometer nenhuma incorrecção aqui vão exemplos de clubes com participações na UEFA: Farense, Paços de Ferreira, Beira-Mar, Chaves, Salgueiros, Leixões, Amadora, Setúbal, Leiria, Belenenses,…
A minha satisfação para com o desempenho da actual direcção é total: armou uma equipa ganhadora e tem todo o mérito nesse trabalho. Espero que, em comunhão com os sócios, trabalhem juridicamente na viabilidade do «enquadramento de excepção» quanto antes – não vamos esperar pela eliminação do Porto! – e que viabilizem a vontade dos sócios (se para tal for necessário faça-se aprovar em Assembleia-geral) de inscrever o nosso Rio Ave no próximo mês de Dezembro.
Alexandre Dias
De ontem ficamos a saber, também pelo mesmo jornal, que a Direcção tomou a decisão da não inscrição nas provas europeias de forma consciente.
Uns dias antes deste «erro de secretaria», a 15 de Dezembro, dizia o nosso capitão: «O Rio Ave nunca conseguiu alcançar uma posição que permitisse a participação numa competição europeia e, neste contexto, acho que todos gostaríamos de fazer história».
Temo que, para o que sobra desta época, paire a dúvida sobre os graus de motivação do nosso onze (é bom recordar o ano de 2004 quando ficamos a um golo da Europa) – felizmente Carlos Brito demarcou-se desta polémica decisão, estancando-a, deste modo, ao nível de uma gestão de tesouraria.
A ver vamos e espero que já hoje na Madeira a equipa demonstre, mais uma vez, todo o seu profissionalismo.
Estou em completa sintonia com o comentário do Miguel Dias. No entanto, acrescentaria o seguinte:
1. Já não é a primeira vez que isto acontece e, portanto, não só a direcção, mas também todos os associados, têm a obrigação de estar atentos: experimentei pesquisar no sítio da FPF e está disponível toda a regulamentação sobre a matéria (http://62.28.144.115/licenciamento/docs/manual2010.pdf) – acho que falhamos todos, cada um à escala das suas responsabilidades (à excepção do Renato Sousa que levantou atempadamente a questão (http://rioavistas.blogspot.com/2009/12/uefa.html) tendo, o que é significativo de como este lapso é colectivo, havido 0 comentários ao seu post…);
2. Também não me parece desprezível o eventual incumprimento dos estatutos – alínea 5 do Artigo 3º – lembrados por Sérgio Oliveira, que, muito bem, pretendem que se promova a participação do clube em competições além-fronteiras – algo melhor que uma da UEFA? Ou se mudam os estatutos ou se muda esta estratégia;
3. As sugestões do Renato Sousa tendo em vista a angariação do valor exigido pela FPF para a inscrição nas competições europeias pelos associados são, a meu ver, não só válidas como serão a melhor maneira de mostrar à nossa direcção – e aos atletas – a vontade e a ambição dos sócios do RAFC em ver o nosso emblema subir mais uns degraus. Gostava muito de ver o capitão André Vilas Boas juntar-se aos sócios e a dar a cara por tal campanha!
4. Retirado de fonte não oficial, pelo que espero não cometer nenhuma incorrecção aqui vão exemplos de clubes com participações na UEFA: Farense, Paços de Ferreira, Beira-Mar, Chaves, Salgueiros, Leixões, Amadora, Setúbal, Leiria, Belenenses,…
A minha satisfação para com o desempenho da actual direcção é total: armou uma equipa ganhadora e tem todo o mérito nesse trabalho. Espero que, em comunhão com os sócios, trabalhem juridicamente na viabilidade do «enquadramento de excepção» quanto antes – não vamos esperar pela eliminação do Porto! – e que viabilizem a vontade dos sócios (se para tal for necessário faça-se aprovar em Assembleia-geral) de inscrever o nosso Rio Ave no próximo mês de Dezembro.
Alexandre Dias
3 comentários:
A minha confiança relativamente ao profissionalismo dos nossos jogadores é total, mas os graus de motivação a partir deste momento dificilmente poderão ser os mesmos. Quanto ao resto só dois comentários. O primeiro diz respeito ao bom desempenho da direcção, que eu também admito, mas ao mesmo tempo considero esta não inscrição nas provas europeias uma mancha negativa que quase encobre tudo o resto. Basta ver o título do jornal O Jogo que referes - e que eu não conhecia e preferia continuar sem conhecer -, muito pouco abonatório para o nosso orgulho enquanto rioavistas! O segundo vai para a nossa responsabilidade na matéria: de facto, todos temos a obrigação de estar atentos, mas numa decisão tão importante devia ser a direcção a tomar a iniciativa de auscultar o sentimento dos associados! Pela minha parte, depois do que aconteceu há algumas épocas atrás, pensei que fosse absolutamente impossível voltar a cometer o mesmo erro! Estava 100% seguro que tal não poderia voltar a suceder. Enganei-me redondamente, e pelos vistos a única forma é, como dizes, exigir essa inscrição em assembleia geral. E, mesmo assim, desconfiar sempre...
Realmente no post do Renato existiram o comentários, pela simples razão que depois da vergonha de 2004 não passaria pela cabeça de ninguém que algo tão estúpido pudesse voltar a acontecer!!!
Meus caros,
em primeiro lugar dizer que acho muito bem que se discuta o Rio Ave, e que noto nos comentários do Miguel Dias e do Alexandre Dias uma paixão pelo clube que me deixa, como rioavista, muito satisfeito.
Depois desta ressalva, dizer que não podia discordar mais de alguns argumentos e, acima de tudo, da forma como o assunto é discutido.
O presidente António da Silva Campos - que nem conheço e com quem nunca falei - tem uma obra inegável. Parece-me que todos estamos de acordo neste ponto. Mesmo assim, é mais do que legítimo discordar-se dele. Agora dizer-se que este “episódio da não-inscrição na UEFA” pode encobrir todo o seu trabalho?
Uma frase como esta é, para mim, incompreensível, e até acho irrelevante para este comentário a minha opinião sobre o assunto discutido - acho que nos devíamos ter inscrito, só isso.
Para mim a frase é incompreensível porque eu só seria capaz de dizer o mesmo se as premissas fossem as contrárias, ou seja: se o presidente António da Silva Campos inscrevesse o Rio Ave para a Europa e nós até tivéssemos a nossa participação europeia - tal como Farense, Beira-Mar, Salgueiros, Setúbal, etc... -, e depois deixasse que o clube ficasse numa situação de incumprimento salarial e instabilidade económica crónica, cada vez mais comum no futebol português. (Note-se, não digo que estas acontecem por causa de participações europeias, só digo que acontecem.) Se o presidente deixasse o clube neste estado, ou eu achasse que ele para lá caminha, eu diria que este facto encobriria todo o seu trabalho positivo - porque também eu estaria todo contente e orgulhoso da nossa participação europeia, fruto óbvio de uma campanha brilhante, ou no campeonato ou na taça.
Agora dizer-se que o facto de não ter inscrito o clube nas provas europeias quase encobre todo o trabalho positivo deste presidente? Acho muito pouco sensato. Pode-se acusar o presidente de ter errado – crítica com que, perante os dados que conheço, eu até concordo - mas, na minha opinião, tem faltado o bom-senso.
Saudações Rioavistas
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