Sobre a pré-inscrição ou não do nosso clube nas competições uefeiras muito se tem dito e discutido. Enquanto a Direcção não se pronuncia sobre a veracidade do que veio no jornal Record relembro o que diz a alínea 5 do Artigo 3º dos nossos estatutos (por sinal muito mal tratados tanto por esta e outras Direcções, Mesas de Assembleia e por nós, sócios)
Artigo 3.º – São fins do clube:
5) Promover a participação em competições desportivas, no país e no estrangeiro de atletas que integrem as equipas representativas do clube ou das sociedades desportivas participadas;
Artigo 3.º – São fins do clube:
5) Promover a participação em competições desportivas, no país e no estrangeiro de atletas que integrem as equipas representativas do clube ou das sociedades desportivas participadas;
3 comentários:
O que também é grave é a direcção ainda não ter tomado uma posição pública sobre este assunto, até por respeito aos sócios que estão muito desiludidos com esta situação. Se calhar é por isso que Brito não quer renovar e está à espera de um convite de um clube que lute por outros objectivos. Pudera, que treinador quer orientar um clube que à partida já não tenta ir às competições europeias? Só mesmo treinadores rascas...
Os mais recentes acontecimentos relacionados com a impossibilidade de participação na Liga Europa decorrentes de uma qualquer falta de inscrição prévia levam-me a escrever aqui algumas considerações. No entanto, em primeiro lugar, quero aqui expressar o meu contentamento com o trabalho levado a cabo pela presente direcção, pelo menos os resultados desportivos e financeiros que vêm a público parecem justificar essa satisfação.
Também por isso, não é fácil escrever sobre esta questão, muito menos fazê-lo em poucas linhas, mas vou tentar ser o mais conciso possível. Acima de tudo, para tentar explicar por que razão me parece absolutamente intolerável esta situação, duplamente inadmissível se pensarmos que é reincidente. Ainda tenho alguma esperança que tudo não passe de um mal entendido, e que venha alguém desmenti-lo nas próximas horas. Pois se assim não for, tenho a certeza que muitos se sentirão tão defraudados e traídos como eu. Ainda não me esqueci do que aconteceu há uns anos atrás, e ainda estou perfeitamente convencido de que aquela equipa, com outro objectivo na fase final do campeonato, tinha feito mais alguns pontos, suficientes para ficar à frente do Marítimo. Dessa vez, tal como agora, tive vontade de abandonar o interesse pelo clube. Provavelmente, uma vez mais, razões afectivas irão impedir-me de o fazer, e infelizmente no dia 21 lá vou eu assistir ao jogo com o Paços de Ferreira.
Duas hipóteses são possíveis para isto acontecer, e nem sei qual das duas será mais lamentável. A primeira, pode ser um misto de inconsciência e incompetência, e então não há mais nada a dizer, apenas assumir as responsabilidades e actuar em consonância. A segunda – que me parece mais provável – é que se trate uma opção ponderada. A mim parece-me uma opção errada, por muitas razões. A mais óbvia é que, por muito modesto que seja um clube, só tem razão de ser se tiver ambição e expectativas para ser maior. Tenho visto isso acontecer várias vezes dentro das quatro linhas, graças ao empenho e talento dos nossos jogadores. Esses sim, por vezes conseguem fazer-nos sonhar. Esta mensagem que vem de cima é de conformismo e de absoluta falta de ambição. A ambição e a capacidade de sonhar são fundamentais para quem quiser atrair mais sócios e adeptos, particularmente jovens, que são inevitavelmente atraídos pelos clubes maiores por lhes proporcionarem isso mesmo. A outra razão importante é que me parece inconcebível que uma decisão deste tipo é demasiado importante para ser tomada sem que exista um espaço de discussão de ideias com os sócios. Eu estou pronto, tal como, tenho a certeza, a grande maioria dos sócios que não compreendem o que está a acontecer, a aceitar esta decisão se me conseguirem explicar e convencer de que é a mais correcta. Mas terão também que me explicar muito bem o que têm o Paços de Ferreira, o Leixões, o Beira-Mar, o Vitória de Setúbal, e todos os outros que têm tido participações esporádicas na UEFA que nós não temos.
Agora, só espero que possamos perder a meia final, para verificar que afinal a direcção tinha razão, e que fez bem em poupar cerca de metade do salário de um jogador médio do clube...
Caro Miguel Dias, gostaria se me permitisse, de fazer um post acerca do seu comentário, uma vez que, reflete fielmente o sentimento da maioria dos sócios que são a alma RIOAVISTA. O seu comentário reproduz na íntegra o que eu penso e aquilo que sinto. Aguardo resposta. Obrigado.
Enviar um comentário