Lisboa, 16 de Janeiro de 1982 – Fui a Estádio do Restelo observar o Belenenses - Rio Ave, para o Nacional de Futebol da 1ª Divisão. O nosso futebol, ora de luto por si mesmo (tantas são as vezes que, nostalgicamente, recordamos o mundial de 1966), ora se apresenta basofiador e presunçoso, anunciando vitórias que não preparou e que não chegam por isso a concretizar-se. O Rio Ave, pelo contrário, pareceu-me imune ao saudosismo e à fanfarronice e, convencido da sua contingência mas serenamente confiante, revela uma desenvoltura e uma alegria, que dão gosto ver. A humildade faz-nos mais livres e mais generosos e confere ao nosso trabalho dimensões imprevistas: este o segredo do Rio Ave!
Manuel Sérgio - Ideário e Diário, um filósofo reflecte o desporto (1984)
Se fosse hoje o professor e filósofo Manuel Sérgio escreveria que existe no futebol dois tipos de humildades: a humildade (de 1982) que nos liberta e dá "ao nosso trabalho dimensões imprevistas" e a humildade (da presente era) que nos prende e impede de atingirmos dimensões imprevistas.
(este post foi escrito: sexta-feira dia 10/9)
Manuel Sérgio - Ideário e Diário, um filósofo reflecte o desporto (1984)
Se fosse hoje o professor e filósofo Manuel Sérgio escreveria que existe no futebol dois tipos de humildades: a humildade (de 1982) que nos liberta e dá "ao nosso trabalho dimensões imprevistas" e a humildade (da presente era) que nos prende e impede de atingirmos dimensões imprevistas.
(este post foi escrito: sexta-feira dia 10/9)
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