Chicotadas psicológicas

Não sou adepto das chicotadas psicológicas, a não ser que haja um caso grave no capítulo disciplinar. O contrato de um treinador deve ser cumprido até ao final da época em questão pois só assim sabe-se se os objectivos traçados foram ou não cumpridos. Mesmo que esse treinador tenha mais anos de contrato, se não houver interesse na sua continuação as duas partes deverão chegar a um consenso para que um novo treinador possa preparar condignamente a época seguinte. Mas este não é o caso deste treinador. Os contratos que têm assinado com este treinador são anuais, por sugestão do próprio segundo o Carlos Brito.

Pelo que vi de épocas anteriores o que está a acontecer agora, e a forma como terminou a época anterior, não me surpreende. Apenas acho que não deveria ter sido renovado o contrato após o jogo contra o Estrela da Amadora. Já se sabe que quem vem de novo tende a fazer um reset com o passado, mesmo com a continuação do grosso da direcção. Nuns casos as confianças renovam-se, noutros cessam.

Carlos Brito nunca foi despedido do Rio Ave F.C., no final da época 1999/00 apenas não lhe renovaram o contrato. Vamos esperar que assim continue.

(uma nota: a Naval opta todas as épocas pela chicotada e nunca desceu. Mas esse é um caso à parte)