Futsal, que futuro?

Partimos para esta temporada com grandes expectativas de sucesso, era um regresso depois de uma estreia frustrada no escalão maior e a direcção apostou num reforço do plantel, algo que se pode considerar de esforço importante para não passar pelas mesmas frustrações da anterior experiência. A iniciativa foi aplaudida pela esmagadora maioria, o que ninguém esperava era que após a chegada de tantos reforços, que se esperavam de qualidade, os resultados desportivos redundassem no completo fracasso que está a acontecer.

A equipa joga mal, os resultados são ainda piores, o que nos leva a uma profunda reflexão, algo que a própria direcção já estará a fazer. Valerá a pena desviar importantes recursos financeiros do futebol profissional para uma modalidade que não dá lucros nenhuns e que infelizmente não tem a aderência por parte dos sócios que se desejava? Será que este modelo é o mais adequado(se calhar ter uma gestão autónoma seria o ideal)? Ou por outro lado, será que devia-se ter uma aposta mais efectiva na modalidade, que permitisse lutar pelos lugares cimeiros?

Depois de ver o que está a acontecer é fácil emitir opiniões, julgo que a direcção fez o que tinha a fazer, reforçou dentro dos limites orçamentais com os jogadores que Paulo Morim pediu e traçaram-se objectivos que pareciam facilmente atingíveis. Infelizmente está a correr mal e todo o esforço feito está a ir por água abaixo. Reflectindo sobre o assunto, faz-nos pensar que talvez se se tivesse apostado na base, que é a equipa que subiu e reforçando pontualmente aqui e ali, o efeito seria talvez o mesmo ou talvez até melhor. O problema é que se tivesse feito isso e estivéssemos na posição que estamos actualmente, choveriam criticas de que não foi feito tudo para que se chegasse a bom porto.

Na minha opinião, ainda se pode garantir a permanência, o que é necessário é jogar bem melhor do que se tem feito, mas em caso de insucesso, é melhor repensar os objectivos. Apostar na formação e retirar os dividendos para a equipa sénior no futuro é o caminho a seguir, o dinheiro destes ordenados faz falta para aquilo que mantém o clube em actividade, o futebol profissional e a sua sustentabilidade.