Esqueçam Benfica 1973, Porto 2011 e Porto 2013. O maior invicto de todos é o Rio Ave 1986, com 20 vitórias em 34 jogos na 2.ª divisão
Benfica 1972/73, campeão nacional com 28 vitórias e dois empates. Benfica 1977/78, vice-campeão com 21-9. FC_Porto 2010/11, campeão com 27-3. FC Porto 2012/13, campeão com 24-6. Está tudo? Nãããã, falta um.
Sporting? Morno. A cor da camisola é a mesma, mas as riscas são verticais. Ahhh, Vitória? Quente, quente, mas não, é o Rio_Ave. Quê? Sim senhor, o Rio Ave é o outro campeão português invicto, da 2.a divisão 85/86, com 20 vitórias e 14 empates em 34 jogos.
Comecemos pelo início. O Rio Ave 84/85 está na 1.a divisão, treinado por Félix Mourinho, e entra muito mal com um ponto nas primeiras seis jornadas. À 14.a, a derrota em Vizela implica a troca de treinador. Sai Mourinho, entra Mário Reis, de 38 anos. A estreia é vitoriosa (Braga, 3-2), segue-se um 2-2 vs. Benfica e ainda 1-0 em Alvalade para a Taça de Portugal. Na última jornada da liga, um penálti do bracarense Jorge Gomes aos 90’ garante o 1-1 e o Rio_Ave acaba atrás do Salgueiros, em 13.o lugar. Obrigatório ir a um torneio de competência com os segundos classificados de cada uma das três zonas da 2.a divisão (Chaves-norte, U. Leiria-centro e U. Madeira-sul), a duas voltas. Só o primeiro tem direito à 1.a divisão e o Rio_Ave só fica em segundo, com os mesmos pontos do Chaves, mas em desvantagem no confronto directo (3-2 e 1-1).
A descida à 2.a divisão é assumida sem dramas. Mantêm-se o treinador Mário Reis e mais uns quantos do plantel, como o guarda-redes Figueiredo, o médio Juanico e o avançado Chico Faria – só para citar os mais conhecidos num futuro próximo por representarem o Belenenses (Juanico e Chico Faria seriam até os autores do 2-1 ao Benfica na final da Taça de Portugal 88/89).
Calma lá, voltemos a 85/86, 2.a divisão, zona norte. Os favoritos ao título são Rio_Ave, Vizela e Varzim, o trio de relegados. Das restantes 13 equipas, três há que jogam actualmente na 1.a divisão: Paços (8.o), Gil Vicente (9.o) e Moreirense (16.o e último). O campeonato começa a 15 de Setembro e o Rio_Ave não dá sinais de fraqueza, só de regularidade: e e v v e e e v v v e v v v e v v v e v e e v v v e v v v v. Acaba e o Rio Ave é campeão da sua zona, com sete pontos de avanço sobre o Varzim. Jamais visto, um campeão invicto.
Falta ainda o torneio de apuramento de campeão e aí o Rio Ave tem Elvas e Farense como rivais. Mais uma vez, zero derrotas: e e e v. “Lembro-me tão bem do jogo do título, em Elvas...”, conta-nos um entusiasmado Juanico. “Estávamos obrigados a ganhar e fazia cá um calor, 34 graus, prá aí. Acabou 3-2 para nós e foi o dia mais longo da época porque a festa começou à tarde no_Alentejo e só acabou na manhã seguinte em Vila do Conde, onde fomos recebidos por um mar de gente.”
Mais recordações? “Ainda tenho fotografias e, claro, a camisola do jogo do título. Era o número 6. Um ano inesquecível. A camaradagem, a invencibilidade, a subida à 1.a e ainda pelas três vezes internacional olímpico no Rio Ave.”
Sporting? Morno. A cor da camisola é a mesma, mas as riscas são verticais. Ahhh, Vitória? Quente, quente, mas não, é o Rio_Ave. Quê? Sim senhor, o Rio Ave é o outro campeão português invicto, da 2.a divisão 85/86, com 20 vitórias e 14 empates em 34 jogos.
Comecemos pelo início. O Rio Ave 84/85 está na 1.a divisão, treinado por Félix Mourinho, e entra muito mal com um ponto nas primeiras seis jornadas. À 14.a, a derrota em Vizela implica a troca de treinador. Sai Mourinho, entra Mário Reis, de 38 anos. A estreia é vitoriosa (Braga, 3-2), segue-se um 2-2 vs. Benfica e ainda 1-0 em Alvalade para a Taça de Portugal. Na última jornada da liga, um penálti do bracarense Jorge Gomes aos 90’ garante o 1-1 e o Rio_Ave acaba atrás do Salgueiros, em 13.o lugar. Obrigatório ir a um torneio de competência com os segundos classificados de cada uma das três zonas da 2.a divisão (Chaves-norte, U. Leiria-centro e U. Madeira-sul), a duas voltas. Só o primeiro tem direito à 1.a divisão e o Rio_Ave só fica em segundo, com os mesmos pontos do Chaves, mas em desvantagem no confronto directo (3-2 e 1-1).
A descida à 2.a divisão é assumida sem dramas. Mantêm-se o treinador Mário Reis e mais uns quantos do plantel, como o guarda-redes Figueiredo, o médio Juanico e o avançado Chico Faria – só para citar os mais conhecidos num futuro próximo por representarem o Belenenses (Juanico e Chico Faria seriam até os autores do 2-1 ao Benfica na final da Taça de Portugal 88/89).
Calma lá, voltemos a 85/86, 2.a divisão, zona norte. Os favoritos ao título são Rio_Ave, Vizela e Varzim, o trio de relegados. Das restantes 13 equipas, três há que jogam actualmente na 1.a divisão: Paços (8.o), Gil Vicente (9.o) e Moreirense (16.o e último). O campeonato começa a 15 de Setembro e o Rio_Ave não dá sinais de fraqueza, só de regularidade: e e v v e e e v v v e v v v e v v v e v e e v v v e v v v v. Acaba e o Rio Ave é campeão da sua zona, com sete pontos de avanço sobre o Varzim. Jamais visto, um campeão invicto.
Falta ainda o torneio de apuramento de campeão e aí o Rio Ave tem Elvas e Farense como rivais. Mais uma vez, zero derrotas: e e e v. “Lembro-me tão bem do jogo do título, em Elvas...”, conta-nos um entusiasmado Juanico. “Estávamos obrigados a ganhar e fazia cá um calor, 34 graus, prá aí. Acabou 3-2 para nós e foi o dia mais longo da época porque a festa começou à tarde no_Alentejo e só acabou na manhã seguinte em Vila do Conde, onde fomos recebidos por um mar de gente.”
Mais recordações? “Ainda tenho fotografias e, claro, a camisola do jogo do título. Era o número 6. Um ano inesquecível. A camaradagem, a invencibilidade, a subida à 1.a e ainda pelas três vezes internacional olímpico no Rio Ave.”
Sem comentários:
Enviar um comentário