Como prometido vou-me debruçar sobre a nossa formação e deixar umas ideias para discussão.
O Rio Ave nestes últimos anos tem tido um discurso muito virado para a aposta na formação. Esta direcção e principalmente o Presidente têm vindo a dotar o clube de recursos técnicos e humanos em maior quantidade e qualidade, tem melhorado de forma muito significativa os espaços para treino e de apoio. Foram criadas muitas mais equipas de base, seja de sub-10, sub-11, equipas de futebol de 7, mantendo as duas equipas por escalão a partir dos infantis. Isto, julgo eu, numa lógica de aproveitamento dos miúdos formados localmente.
Penso que este seria o primeiro ano em que uma equipa chegava aos juniores proveniente das escolas, a equipa que subiu dos juvenis(em idade), subiu o Rio Ave no escalão de iniciados do distrital ao Nacional e este ano os juvenis. Porquê a política de ir buscar fora aquilo que temos cá dentro? Quantos destes jovens que tantas provas deram no nosso Rio Ave serão aproveitados para o nacional de juniores? E quantos desta equipa foram dispensados para reforçar o nosso rival? Ir buscar fora não seria só para colmatar falhas em fornadas menos virtuosas? Parece-me que esta é a primeira grande selecção de talentos, não está a ser exigente demais para o que depois é aproveitado para os séniores?
Se apostamos na formação e detetamos talentos tão cedo, não seria de esperar que aqueles que mais se sobressaem assinem contrato profissional para os prender? Falo dos casos do Silvério, do Nélson Monte, só para falar de atletas de Vila do Conde. Se não é para prender os que sobressaem, para quê ir buscar jogadores de fora de Vila do Conde como Nuno Santos, Baldaia, Igor(depois de Gondomar vai agora para Ribeirão)...se vamos buscar jogadores de fora para cá ficarem um ano nos juniores e depois irem embora, qual a lógica de formação? Ou então jogadores como Kiki, que também veio de fora, foi-lhe dado um contrato profissional e depois algo falhou levando a que as partes negociem uma rescisão?
Destas apostas fortes na formação vindas de fora de Vila do Conde, apenas vejo um caso de sucesso e um outro de meio sucesso, falo concretamente de Hassan e André Dias respectivamente.
Tudo isto custa muito dinheiro ao Rio Ave, portanto, ou temos por objectivo ficar com 2 ou 3 atletas nos séniores por época e com contrato profissional assinado ou então mais vale ficar com aqueles que vêm da nossa base quando existirem fornadas de qualidade.
total de 835 jogos na 1ª Divisão/Liga / 945 pontos conquistados na 1ª Divisão/Liga / 885 golos marcados na 1ª Divisão/Liga
FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL: 1/MAIO /1984 e 18/MAIO/2014 FINAL DA TAÇA DA LIGA: 7/MAIO/2014 FINAL DA SUPERTAÇA: 10/AGOSTO/2014
TÍTULOS 2ª DIVISÃO/LIGA 1985/86; 1995/96 e 2002/03 3ª DIVISÃO 1976/77 3º MELHOR CLUBE PORTUGUÊS (IFFHS) 2014
Agenda para 2019/20 Apostas Assistências Castigos Convocados Cromos Efemérides Nomeações Relatórios dos Jogos Rankings
LIGA NOS 2019/20 05/JUL 17h00 30ª jornada Gil Vicente - Rio Ave FC 09/JUL 17h00 31ª jornada Rio Ave FC - Portimonense 13/JUL 19h00 32ª jornada Marítimo - Rio Ave FC
LIGA EUROPA 02/AGO 20h00 2ª mão Rio Ave FC - Jagiellonia Bialystok TAÇA DE PORTUGAL 27/DEC h 5ª eliminatória Marinhense - Rio Ave FC TAÇA DA LIGA 21/DEC 15h00 3ª fase 3ª jornada Rio Ave FC - Gil Vicente
EURO-ADVERSÁRIOS: Gotemburgo; Elfsborg; Dínamo de Kiev; Steaua de Bucareste; Aalborg; Slavia de Praga; Jagiellonia Bialystok;
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9 comentários:
Excelente reflexão!
Quanto ao aproveitamento de juvenis não me posso debruçar pois não conheço o suficiente, mas quanto aos júniores sou forçado a concordar devido aos factos apresentados pelo próprio Rio Ave.
Temos falado algumas vezes deste assunto e sabemos que há pelo menos um mão cheia de jogadores para aproveitar dos júniores da época passada e nada nos tem sido apresentado. Acredito que o "fim" da equipa B foi um duro revés, mas aí o Rio Ave tinha a obrigação de informar os seus sócios do que lhes iria acontecer. Eram muitos os que se deslocavam para apoiar aqueles jogadores.
O Rio Ave tem que entender que o puzzle do clube é feito por várias peças. Se querem que os adeptos continuem a acreditar na formação que tanto defendem têm que a defender com acções. Caso contrário vão voltar os velhos tempos em que só havia familiares e amigos dos jogadores.
Gostava de ver alguém do Rio Ave como Francisco Costa (tem um projecto e uma visão) a abordar o tema com os rioavistas que possam aqui comentar, mas talvez seja pedir de mais.
Dêem-nos noticias dos ex-juniores e nós já agradecemos!
Obrigado DS pelo teu feed-back.
É muito bonito e fica bem dizer que a aposta é nos jovens da formação,mas na realidade o que se vê é sempre o mesmo "filme".Jogadores de qualidade duvidosa de várias nacionalidades a tapar o espaço dos jogadores da formação.
Será que não há espaço no clube para jogadores com a qualidade do
Ruben,Daniel,Bahia,Silvério,Igor,
evoluirem as suas promissoras qualidades ao lado de jogadores experientes como o Vilas Boas,Tarantini,Braga.
Obrigado Artur pelo seu contributo à reflexão.
Exclente tema "Blogue Rioavistas"
Fraca aposta dos jogadores da formação por parte do Rio Ave, principalmente pelos Juniores. Há miúdos que trabalham desde os 7 anos de idade a defender um clube e chegam aos Juniores são abandonados. Dizem que o tempo deles ainda não chegou e ficam à espera, treinam, como sempre o fizeram e depois veem os dispensados dos outros clubs a chegarem e a jogarem. Para o ano seguinte saem pois já não são precisos. Enquanto isso os nossos jogadores vão para o nosso rival Varzim outros para Itália entre outros (onde está a equipa subiu os Iniciados e Juvenis aos Nacionais e quantos vão jogar no Nacional de Juniores?).
É uma questão de ver no site (Zerozero) e ver as entradas e saídas da equipa do Rio Ave.
Aos diretores da formação e treinadores: Limpem as vossas consciências! Salvem o pouco que vos resta!
Obrigado pela sua opinião caro anónimo. A mim pessoalmente não me faria grande confusão essa triagem nos juniores, se os miúdos que vêm de fora como mais-valias(que o são como ficou provado este ano com a grande época dos juniores) fossem aproveitados depois nos séniores, ou então, mesmo que emprestados tivessem um vínculo profissional com o clube, mostrando o clube um verdadeiro interesse no seu regresso. Uma aposta tão dispendiosa na formação tem que ter maiores proveitos. Quero com isto dizer que depois dos Fábios Coentrão e Faria, Tiago Terroso e Vítor Gomes existe um hiato de tempo muito grande até chegarmos a Hassan. A minha curiosidade é saber quanto tempo mais e quem sairá da formação diretamente para os séniores para ser aposta.
Eu vou mais longe. Na época passada jogamos com um GR de 19 anos - Oblak, um suplente de 20 anos - Rafa e um suplente de 18 anos - Ederson. Neste momento sobrou um, vá lá que o que veio emprestado nos valeu muitos pontos, empréstimos destes valem a pena. Já agora, com Ederson os juniores não teriam ido mais longe?
Outra coisa a ter em atenção são os casos do extremo Tiago Silva (jogador da terra formado no Porto) e do nosso ex-jogador Ricardo Martins. Empréstimos sem objectivo aparente
Agora a pergunta que o Rio Ave para já tem mais dificuldade em responder:
Se na época passada estabelecemos um novo recorde no campeonato de júniores, como é que não há aposta em nenhum jogador dessa equipa?
O Varzim com poveiros e caxineiros esteve muito bem.
O Varzim não desceu porque o Rio Ave dispensou-vos o vosso salvador, o Palheirinho. Engraçado que o Rio Ave ficou sem nenhum ponta de lança e disso se queixou. Para refletir.
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