Com o começo de uma nova época, renovam-se as esperanças de se conseguirem feitos inéditos, de aparecermos nas primeiras páginas, de derrotarmos os teoricamente mais fortes, de golearmos os mais fracos. Anseiam-se jogos emotivos, esquecendo-se os maus espectáculos do passado, calendarizam-se os eventos familiares em função dos jogos do clube, devido à crise não se compra o gadget mas sempre se arranja maneira de ir ver os jogos fora. O árbitro apita e durante 90 minutos nada mais interessa do que vermos a nossa equipa vencer. Insulta-se o árbitro, o jogador que falha o penalty, e o treinador que não mexe na equipa para 5 minutos depois aplaudirmos de pé o mesmo jogador que acabou de marcar um golão e dar graças ao treinador por não o ter tirado de campo. O árbitro, esse, continuará a ser insultado. Fica-se eufórico com as vitórias. Nas derrotas, fica-se doente e não adianta medicar porque o remédio está à distância da próxima vitória.
Gosto desta irracionalidade do futebol. Percebo que quem não tenha esta paixão dificilmente vá aos estádios, gastar dinheiro para ver um "espectáculo" que por cá é em geral pouco emotivo. É esta irracionalidade que nos distorce a visão e que nos faz imaginar as coisas de outra maneira. Não sei se é doença, mas se for, que não descubram a cura, porque a partir de amanhã, ficarei novamente enlouquecido.
FORÇA RIO AVE!
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