total de 835 jogos na 1ª Divisão/Liga / 945 pontos conquistados na 1ª Divisão/Liga / 885 golos marcados na 1ª Divisão/Liga
FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL: 1/MAIO /1984 e 18/MAIO/2014 FINAL DA TAÇA DA LIGA: 7/MAIO/2014 FINAL DA SUPERTAÇA: 10/AGOSTO/2014
TÍTULOS 2ª DIVISÃO/LIGA 1985/86; 1995/96 e 2002/03 3ª DIVISÃO 1976/77 3º MELHOR CLUBE PORTUGUÊS (IFFHS) 2014

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Desolador

É desolador ver um estádio quase vazio nuns 1/4 de final da Taça de Portugal. O Rio Ave joga bom futebol, está bem classificado, a ir longe na taça. Houve inúmeras campanhas para angariação de sócios mas continua tudo na mesma. São sempre os mesmos apaixonados que lá estão. Isto dá razão às palavras de Pedro Martins ao dizer que a massa associativa deveria acompanhar o crescimento do clube. O Rio Ave não é caso único, é um mal geral do futebol português, com excepção de 3 ou 4 clubes e resultado da muita oferta televisiva que há atualmente e que não havia há 15 anos  atrás. É mais fácil se calhar encontrar adeptos do Real Madrid, Barcelona ou Manchester do que dos clubes locais. Não sei como se dá a volta a isto. Mais equilíbrio na distribuição das receitas televisivas e com árbitros que não favoreçam sistematicamente os "grandes" podia ajudar, mas duvido que mesmo assim a coisa melhore. Estou resignado.

6 comentários:

Miguel Dias disse...

Algumas notas para um debate que não é fácil, porque se baseia numa atracção quase irracional por alguns clubes. É como dizes, desolador, e até deprimente. Os comentadores de serviço (ou melhor, ao serviço de…) costumam apontar duas ou três falácias para explicar isto, a saber:
- as condições dos estádios (mas então como explicar as assistências em Leiria ou Aveiro, por exemplo?)
- a violência (mas são os estádios onde essa "violência" é mais visível que estão sempre mais cheios)
- o preço dos bilhetes (mas, uma vez mais, são os jogos mais caros que estão mais lotados)
Esta é uma característica nacional, e ainda não consegui entender algo irracional como, por exemplo, os adeptos de Viseu, de Leiria ou de Faro deixarem cair os seus clubes e seguirem fervorosamente o Sporting ou o Benfica e tudo o que se passar à volta destes clubes grandes, dando maior importância a uma unha encravada do defesa central de algum dos três estarolas que a uma exibição eventualmente espectacular do clube da sua cidade.
Para lá das questões apontadas, há outras que o podem explicar.
Em primeiro lugar, a acção da Liga: este organismo deveria fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para favorecer a competição (foi o que se fez em Inglaterra, só para dar um exemplo conhecido) e atenuar as diferenças naturais entre os clubes. Ao invés, parece estar sempre ao serviço dos três do costume e a acentuar essas diferenças. Um exemplo é a da distribuição de receitas, mas não é o único.
Em segundo lugar, as arbitragens: no final da época, esses três cancros deverão ter uns 10 pontos a mais do que justificaram em campo.
E finalmente, a comunicação social, que repete até à náusea tudo o que se passa com os suspeitos do costume e que, de cada vez que - raramente - se nota um maior equilíbrio, em vez de ver isso como um facto muito positivo, fala em "nivelamento por baixo".
Mas no fundo acho que nada disto iria mudar grande coisa, mas depois de ver mudanças nesse sentido, aí sim, ficaria resignado.

Renato Sousa disse...

Concordo Miguel.
Devia-se começar pela redistribuição das receitas televisivas, o que teoricamente iria atenuar as diferenças de orçamentos e em princípio tornar mais equilibrado o campeonato. Com mais competitividade deveriam aparecer melhores espectáculos e consequentemente mais público.
É um longo caminho e terão que ser os "pequenos" a traçá-lo porque aos grandes interessa-lhes continuar a ter um campeonato a 3.

Miguel Dias disse...

Claro que sim, e têm toda a legitimidade para fazer o que melhor defenda os seus interesses. Mas as entidades que organizam a competição deviam contribuir para que as diferenças não se acentuassem.

DS disse...

Muito bem Miguel.

Eu não pude estar presente e assim contribui para a fraca casa, mas de facto muita gente prefere não ir.
As razões apontadas são certeiras e quanto à comunicação social incomoda-me a RTP, televisão nocional do estado, não ter um programa sobre todo o futebol e passar a Champions e o mesmo se aplica à RTPN (no grande área até tem bons comentadores, que conseguem olhar para o lado mas o alinhamento segue os outros)

A falta de dinheiro e a comunicação social são os principais responsáveis a meu ver.
A comunicação social tem que ser alargada, para que os mais novos vejam outros Clubes (tentar evitar uma filiação cega a outros clubes). O Homem tem necessidade de se incluir em grupos e se estar num grupo que perde é mau, estar num que perde e não é reconhecido é ainda pior.
O dinheiro também ajudava.
Com mais 1 milhão no orçamento os clubes portugueses podiam primeiramente melhorar as condições (o nosso estádio é muito frio e ventoso por exemplo – as assistências são sempre piores no inverno e a meio da semana). Seguidamente aumentariam a qualidade do seu futebol e da nossa liga. Penso que também é preciso aumentar a velocidade e intensidade dos jogos (se houvesse uma liga bem comercializada, haveria dinheiro e talvez até se pudesse premiar algumas equipas - as 8 com mais tempo útil de jogo)

Por fim, o sistema está bem montado.
A prova maior neste momento da incompetência do futebol português é que nem sequer há um sitio onde se possa ter um bom resumo dos jogos da jornada e eliminatórias.

João Borges disse...

Miguel faço minhas as tuas palavras, esses 3 pontos que focaste são sem dúvida os motivos pelo qual o nosso futebol não presta. No dia que se inverterem esses pontos teremos uma liga muito mais atrativa.

s.oliveira disse...

- o campo da avenida não tinha condições e estava quase sempre cheio;

- nos primeiros anos o estádio dos arcos não tinha cadeiras nas bancadas e tinha assistências assinaláveis;

- os jogos não passavam nas televisões e os jornais desportivos não eram diários (edição trissemanária)

- os árbitros já eram maus e corruptos mas não era por isso que não íamos ao futebol;

- compadrio na federação sempre existiu.

por isso:
1º melhor divisão das receitas televisivas;

2º quem comprar os direitos do futebol não passa outros campeonatos para não termos horários absurdos nos nossos jogos;

3º apostar na angariação de novos adeptos ou "adeptos inocentes". o chamado efeito "flautista de hamelin". o contágio consegue-se nas escolas do concelho, nas escolinhas de futebol e nas camadas mais jovens.