Vem isto a propósito do sururu de ontem na bancada, que mesmo já a frio continua a chegar ao ridículo de colocar rioavistas contra rioavistas, benfiquistas contra portistas, amigos contra amigos.
Pessoalmente, não me choca ter ao meu lado adeptos adversários a festejar os seus golos. Não gosto e claro que prefiro estar rodeado de adeptos do meu clube, mas desde que não haja provocações ou faltas de respeito, cada um devia poder sentar-se onde bem entende. Só eu sei o gozo que me deu festejar o golo do Esmael perto de dezenas de Suecos no camarote atrás que passaram o jogo a cantar, ou o recente golo de Del Valle num estádio com 7000 adeptos adversários. E não é por ser um camarote que se tem mais ou menos direitos e deveres que os outros. A diferença entre pagar um camarote e convidar para lá os amigos ou pagar um bilhete aos amigos e levá-los para a bancada é só uma questão de poder económico.
Não tenho um rioavómetro para medir o grau de rioavismo de cada um, nem pretendo ter. Não me interessa se são sócios há 1 ou há 50 anos, se têm mais ou menos poder económico, se têm só um ou mais clubes. Procuro respeitar todos do mesmo modo, tal como procuro respeitar todos os adversários do Rio Ave.
Mas sei que nem todos são assim, e o que condeno são as faltas de respeito e provocações, que quando apanham alguém a quente com mais coração do que razão, podem incendiar uma bancada, iniciar um desacato e colocar em causa a integridade física dos próprios e de quem está à volta, bem como condeno os excessos nas respostas a essas provocações.
Não é fácil por vezes colocar a razão acima do coração, mas o futebol é só um desporto, não devia ser motivo para desacatos entre desconhecidos, muito menos para zangas entre amigos.
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