Vamos voltar ao assunto "borlas", mas antes disso, sublinhar que o clube por tudo o que tem feito merecia ter mais do que os actuais 4500 associados.
Sei de fonte segura, que existe o grande objectivo desta direcção em aumentar o número de associados, é até com grande mágoa que se verifica(por parte da direcção) que o número tem aumentado a passo de caracol.
A minha opinião é condizente com a esmagadora maioria dos rioavistas, realmente esta equipa diretiva, estes jogadores e treinadores, e principalmente o clube, mereciam outro tipo de acompanhamento.
A campanha da equipa por si só, deveria ser motivo suficiente para galvanizar a população.
O que não podemos é dar tiros nos próprios pés!
Uma campanha que disponibiliza bilhetes sem qualquer tipo de cuidado(uma campanha destas qualquer um o fazia! como aliás se tem verificado ao longo dos anos), para além de ser altamente injusto para quem paga, é ao mesmo tempo dissuasora para quem tinha intenções de se associar.
1) São 5! os jogos em casa a título gratuito. Esses 5 jogos levam-nos até ao mês de Janeiro e fácilmente se chega à conclusão que durante 3 meses, exceptuando alguma criança que não paga, ninguém irá entregar uma ficha de sócio preenchida! 3 meses!
2) Aqueles atrasados no pagamento, que já têm 2 ou 3 meses por pagar, vão aproveitar as borlas e ficarão mais 3 por regularizar. Alguém acredita que alguma vez voltarão a estar em dia? Olhem que sei do que estou a falar...
3) Depois os descontentes...aqueles que se zangam, como outros no passado e pura e simplesmente deixam de ser sócios. Será que não se aprendeu nada com o passado? Aquele fatídico ano da "não subida" em que se perderam mais de 1000 sócios com frustração e revolta das borlas.
Para memória futura deixo algumas ideias que poderão aproveitar:
- Bilhetes a 1/2 euros em casos muito específicos, de forma a que compense ser sócio.
- Numa campanha como a actual, seria preferível lançar um cartão a 5 eur/5 jogos que daria 1 euro por jogo e veríamos qual verdadeiro interesse da população em geral.
- Esse mesmo cartão poderia ser recarregável no futuro para campanhas semelhantes.
- Aquando dessas campanhas arranjar um parceiro por freguesia/estabelecimento comercial e/ou juntas e uma rede de parceiros na cidade para comercializarem esse produto.
Lógicamente que isto dá muito trabalho, que requer uma certa imaginação e enquanto as nossas condições do estádio forem estas, estaremos sempre dependentes do factor clima para estas iniciativas terem sucesso. Agora, estas modalidades seriam sempre muito mais recompensadoras em termos financeiros e de imagem do que aquilo que estamos a fazer no momento.
Entretanto também se discute o assunto nas redes sociais.
5 comentários:
Sempre que há "borlas" para jogos do Rio Ave, a polémica estala.
Seja portões abertos, seja convites a que os sócios têm direito, seja a distribuição de bilhetes pelas escolas e juntas de freguesia, o assunto é sempre polémico.
Por um lado, estão os sócios que pagam religiosamente as suas cotas, muitos com sacrifício pessoal e que depois veem as portas escancaradas para quem nunca pagou um tostão e que fica também com o direito a assistir aos jogos, neste caso vão ser logo cinco de rajada.
Já há muitos anos que se tentam abrir os portões, com o intuito de tentar angariar mais sócios. Penso que este argumento já estará gasto, uma vez que já se viu que a medida não trouxe aumento significativo (se é que houve algum) do número de sócios após essas borlas. Ouço sim, muitos relatos de sócios que o deixaram de ser por causa disso (para mim não é uma justificação válida, mas cada um sabe de si).
Pode também haver o argumento de se abrir as portas, para que haja mais apoio em jogos cruciais, como jogos decisivos para a subida ou manutenção, jogos para o apuramento para a fase de grupos da liga europa. A intenção é boa, mas o apoio extra na prática é quase nulo, porque quem vai à borla não está habituado a ver futebol ao vivo, não tem na maior parte dos casos nenhuma ligação afetiva ao clube (por vezes até pelo contrário, estão a ver se o clube perde como é o caso de diversos poveiros que nos visitam nestas situações), vêm para ver o ambiente, e saem do jogo indiferentes, quer a equipa ganhe quer perca. Acredito que mesmo assim, para os jogadores, seja mais agradável jogar com um estádio composto, ainda que silencioso, do que com a bancada vazia. Mas este argumento do apoio em jogos cruciais, cai por terra quando se banaliza com a entrada à borla em 5 jogos consecutivos em casa.
Outro argumento que poderia fazer sentido era facilitar estas entradas para aumentar as nossas assistências médias, tendo em vista justificar o contrato com algum patrocinador, mas também se viu que nos últimos anos isso é cada vez mais difícil e mesmo as equipas "grandes" com muito maior assistência nos estádios, se vêem em dificuldades para arranjar patrocinador. Se em ano de liga europa e com presença em 3 finais o Rio Ave não foi suficientemente atrativo para ser patrocinado, não sei quando o virá a ser.
Espremendo tudo, fica de um lado o descontentamento de grande parte dos sócios por verem entrar gente à borla quando os sócios pagam mesmo em meses em que não há jogos, do outro lado, um eventual conforto nos jogadores de verem o estádio mais composto e de nas transmissões televisivas a bancada nascente não aparecer completamente deserta.
Eu não estou 100% inclinado nem para um lado, nem para o outro, mas só se o Rio Ave vencer estes 5 jogos em casa (um já foi) é que as borlas poderão passar a ser mais bem vistas por um maior número de pessoas.
Eu quero lá saber das borlas, eu pago porque gosto do RIO AVE, mesmo que fosse de graça para todos e eu tivesse de pagar só para ver o GRANDE RIO AVE jogar eu pagava na mesma.
Prefiro 4500 com amor do que 7000 só porque estamos na 1ª divisão...
Agora uma coisa é certa enquanto o nosso estádio for como é desconfortável até para os sócios de bancada coberta dificilmente arranjaremos mais do que estes!
Fico mais descontes quando por exemplo não deixam os filhos do sócios subir para a bancada coberta, as borlas são temporárias.
O meu tio forçou-me a refletir neste problema da seguinte forma:_
Porque é que nós somos sócios do Rio Ave?
Porque é que pagamos quotas?
Pagamos quotas para ver os jogos de graça ou pagamos quotas para ajudar o Clube, porque nos identificamos com ele, e assistir aos jogos sem pagar bilhete é um direito (que até não é muito comum)?
Não sou a favor das borlas indiscriminadas, portões abertos. Uma das boas soluções para quem é sócio é ter o direito de ser ele a entregar os convites. Isso passa a ser mais um direito nosso, também responsabilidade de quem escolhemos. Da mesma maneira o Rio Ave acaba por convidar pessoas, aliás fá-lo em todos os jogos da forma A ou B. Quantas pessoas conhecemos que arranjam bilhetes sempre que vem cá o seu clube?
Mas não faz sentido nenhum convidar pessoas para assistir aos jogos e depois não as seduzir com as condições de sócio.
Por fim deixo os dois temas que barram o nº de sócio e as assistências no estádio:
- Ser de um clube é quase como ser de uma seleção. Depois de agarrado não se troca mais. Por isso temos que trabalhar nos jovens. Nos pequenos que mal têm clube, nos mais velhos que nunca foram a um estádio. É preciso jogadores a convidar os miúdos, cara a cara. É preciso deixar nas escolas marcas do Rio Ave (material escolar) para eles verem todos os dias. Talvez criar um sector especial para crianças, com mascote e animação permanente. E muito importante, organizar visitas dos miúdos ao núcleo do Rio Ave. Se eles se sentiram parte do Rio Ave vão ser do Rio Ave. E deixem-os levar folhas de inscrição para casa.
Aqui é preciso perceber que também tem que se convidar os pais. Eles não vão ao estádio deixar os filhos e vão embora. Bilhetes personalizados para crianças e pais, sem hipótese de passarem para outras mãos.
- O nosso estádio é uma vergonha. Custa-me muito dizer isto mas é verdade. Para o estádio que temos e historial que temos, temos das melhores assistências, se não a melhor, da Liga.
No futebol moderno já não há bancadas descobertas e de Inverno isso mata qualquer assistência e qualquer cultura de assistir aos jogos do Rio Ave no fim ganhar o bichinho que mais tarde ou mais cedo aparece.
Mas o mais importante são as traseiras das balizas. Aqueles descampados tornam o campo muito frio, térmica e animicamente. O ambiente não se cria. Precisamos de um estádio à Bessa, mas sem tantas cadeiras vazias. Uma mistura de Bessa com Axa, ou seja, basta fechar aqueles topos - FECHEMOS OS TOPOS DAS BALIZAS. Há muita coisa para fazer que dariam muito jeito ao clube e cidade: parque de estacionamento, outro pavilhão ( não precisa de ser megalómano - há muitas equipas a treinar e jogar em escolas sem as mínimas condições), edifício para serviços do Rio Ave e/ou até de outros parceiros. O Marítimo tem um colégio (a ideia não é copiar, mas sim perceber o alcance do clube).
Esta não é para ninguém em específico, é para todos. É sempre assim que começo a pensar neste tema: Quantos sócios é que eu consegui angariar? Como é que consegui? Porque é que não funciona com muitos?
Esta nossa experiência é fundamental para percebermos o problema e procurarmos soluções.
Por exemplo já percebemos que abrir os portões, a qualquer um, sem cuidado nem acompanhamento não resulta
antes de mais, este problema passar por uma maior uniformização do valor das quotizações. perdem-se alguns sócios porque se por qualquer motivo não pagam mensalmente as quotas, quando chega a hora de actualizar por vezes a contar é demasiada para os seus bolsos
depois é preciso ter em conta que os sócios na sua maioria não são adeptos de irem para a bilheteira todos os jogos em casa e muito menos são adeptos das borlas.
Para além de tudo não quero ver o meu clube com o nome na lama, sendo considerado o clube das borlas ou o Borlas F.C.
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