Época 2020/21 arranca europeia depois do 5º lugar alcançado no campeonato anterior sob o comando de Carlos Carvalhal. Para não correr riscos iguais à anterior participação Europeia, eliminados prematuramente por um desconhecido Jagellonia e depois de uma sangria no plantel, a direção presidida por ASC aposta na manutenção de grande parte do plantel e no investimento maior da história do clube com um orçamento de 13 milhões. Ainda assim, perde o seu experiente treinador e deposita confiança num debutante Mário Silva, perdendo também as jóias da coroa- Taremi, Nuno Santos e Al Musrati- e não consegue encontrar substitutos à altura.
Ainda assim, a época arranca em euforia com a eliminação do campeão Bósnio Borac, seguindo-se a eliminação do atual campeão Turco Besiktas e ficamos a 30 segundos de eliminar o todo poderoso Milan. No campeonato é que as coisas não corriam bem a Mário Silva, com exibições a roçar o medíocre e resultados que tardavam a aparecer com regularidade. A contestação dos adeptos nas redes sociais aumentavam de tom e a direção entendeu por bem substituir o comando técnico(constava-se que a disciplina no balneário não era coisa que abundava).
Seguiu-se Pedro Cunha, homem da casa com provas dadas nos escalões de formação, na sua cadeira de sonho. Nunca se percebeu se nunca passou de um interino, ainda assim apelidei de "presente envenenado" como se veio a comprovar. Pedro inicia a sua caminhada com discurso forte após derrota por 0-2 em Paços de Ferreira, ainda que tivesse todo o tipo de contrariedades para gerir. No início de Janeiro o Rio Ave perdeu Piazon, Diego Lopes, Bruno Moreira que rumaram a outras paragens e ainda inúmeros casos de lesão como Coentrão e Jambor. Janeiro foi também a altura de o covid atacar o nosso plantel. Pedro Cunha jogou diversos jogos unicamente com miúdos da equipa B no banco, casos de Diogo Teixeita, Costinha, Manuel Namora e Leandro acabando todos por ter minutos disputados. Com tantas contrariedades foi possível, ainda assim, obter a maior vitória da temporada por 3-0 frente ao Portimonense e ir empatar em alvalade a 1. O fim de linha foi a eliminação em casa da taça de Portugal frente ao líder da II Liga e depois de uma derrota caseira com o Santa Clara saiu a ordem para o treinador regressar à casa de partida, a equipa B(que também sofreu com estas trocas e baldrocas)
Seguiu-se Miguel Cardoso que havia saído de Vila do conde de forma atribulada, após uma excelente caminhada que nos proporcionou na altura outro 5º lugar e consequente apuramento Europeu. Nunca havia passado pela cabeça de ninguém este regresso, pois supunha-se que as relações estariam cortadas entre direção e treinador. Ainda assim, depois desse êxito no nosso clube, seguiram-se muitos inêxitos na carreira deste treinador que o deixaram livre no mercado e que o fizeram estar de "pernas abertas" para o nosso clube. Recebeu reforços- não sabemos se do seu agrado(foram do agrado de alguém?)- e parecia que as coisas se encaminhavam para um desfecho feliz dentro do que era possível salvar da época, a manutenção. Entre os jogos da jornada 17(empate caseiro frente ao Nacional) e a jornada 24(empate frente ao Belenenses) foram conquistados 12 pontos em 8 jogos e nessa altura podíamos olhar para cima e sonhar com algo mais...o problema foi que nunca mais o Rio Ave venceu até ao fim, excepção feita à última jornada.
Já todos sabemos como esta história acabou...
Começamos em festa e acabamos com um pesadelo |
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