Em 2013 a direção do Rio Ave(que mentes tão sábias) elegeram como embaixador alguém que segue a carreira de relatador de futebol e que tenta também ser cantor nas horas vagas. Existem coisas que só por leviandade se decidem sem se aprofundar a justiça e a consequência da decisão. Esse ex-embaixador foi quem narrou o nosso último jogo frente aos "polacos" e que teve tiradas do género "a pedir a expulsão de Pedro Mendes" aos 58 minutos, sendo que o comentador Ricardo Rocha refutou numa postura equidistante pois não tem qualquer relação com um ou outro clube. Não é de admirar este tipo de considerações do tal "jornalista" pois já foi apanhado em vários jogos da "polacada" a tecer rasgados elogios a um clube secundário, tanto à sua irrelevante história como à sua reduzida massa associativa, infelizmente transversal à esmagadora maioria dos clubes Portugueses. Mas o "nosso embaixador" doura a pílula e inventa mitos aos microfones das tvs quando fala da agremiação aqui vizinha.
Mas o mais grave de tudo( já nem falo dos nossos (ir)responsáveis máximos) é que durante, imediatamente após e mesmo no intervalo e no final do jogo, em que as imagens do golo dos vizinhos passou na tela insistentemente para todos verem a irregularidade do lance, o dito cujo, que deveria ser imparcial, profissional e verdadeiro repetiu até a exaustão que era um lance dúbio e que só umas linhas de Var poderiam retirar as dúvidas. Mas que dúvida?
Felizmente essas distinções disparatadas para embaixador já terminaram, mas contudo, não pode deixar de nos fazer sentir embaraçados quando sucedem estas coisas fósmeas, bestialógicas, incoerentes e despropositadas.
4 comentários:
Não querendo ser advogado de defesa, eu, que tive a infelicidade de ver jogo na TV, realço que se houve imagens do lance foi depois de muitos pedidos do narrador. E se houve uma imagem parada foi a muito pedido do narrador. Este foi o primeiro a aventar a hipótese de fora de jogo logo na primeira repetição. Na tv não tivemos acesso a uma imagem tão ampliada. O narrador fez depois a defesa do árbitro no que toca ao facto de se ver o lance corrido e de na referida imagem parada (não ampliada) ser mais difícil verificar o correto local dos apoios, principalmente do nosso defensor.
Quanto ao resto (a sua putativa paixão varzinista), não conheço e como tal não confirmo nem desminto.
Nota: em relação ao Pedro Mendes ele disse algo perfeitamente normal e que passou pela cabeça de muitos. Pouco tempo depois de ver um amarelo daqueles, travar um contra ataque a meio do nosso meio campo, numa toque nas costas, é realmente pedir a expulsão, principalmente se tivermos em conta que os árbitros em caso de dúvida (ou até sem ele) estão a preferir não correr o risco de nos beneficiar (porque nós somos tão superiores que nem precisamos - é pena não ser assim na primeira divisão)
na bancada (coberta norte) vários de nós pedimos fora de jogo nessa jogada (sem a posição privilegiada do bandeirinha e sem recurso à TV).
poucos minutos depois alguns sócios já estavam a receber mensagens do lance escandaloso.
o que me lembro desse lance foi a reacção do bandeirinha. comportou-se como se o jogo tivesse VAR e estivesse à espera de alguma de orientações para julgar o lance. ainda pensei que fosse anular a jogada, mas depois acabou por aceitar a indicação do árbitro (que validou o golo porque o bandeirinha nada assinalou).
Daniel Silva se pediu tanto e lhe foi concedido o pedido inúmeras vezes, qual foi a dúvida? Eram preciso linhas para aquilo?
Eu percebo perfeitamente a indignação, ainda para mais quando ela é empurrada pelas suspeitas que foram escritas.
Mas sinceramente, o lance só parou uma vez e ambos confirmaram a perceção de fora de jogo. E relembro que nem a imagem estava ampliada, nem o tempo "parada" foi assim tão grande para se andar a observar ao pormenor. Reitero, confirmaram prontamente a sensação de fora de jogo.
Agora na repetições em lance corrido, eu confesso que também achei que era fora de jogo, mas o golo era contra nós. "Claro" que para mim era fora de jogo! Depois a imagem confirmou. Indignação! (ainda para mais porque o jogador estava tão sozinho que adiantado ou não...).
Sem recurso a VAR, por um segundo talvez, assinalar fora de jogo também podia ter sido um erro. Beneficiou o ataque, beneficiou o adversário e penalizou o Rio Ave (mais uma, é verdade).
Nem narrador nem comentador tiveram dúvidas. Eles deram ao auxiliar o benefício da dúvida de em lance corrido, com um a subir e outro a baixar, sem parar a imagem, ser mais difícil percecionar o fora de jogo.
Dói? Dói e muito, só estar a jogar com eles neste campeonato sem VAR dói para caraças! Se relembrarmos o lance do Aziz, então é inenarrável.
Todavia, permitam-me lembrar o lance do Académico de Viseu (se não estou em erro). Há um corte clarissimo com o braço. Vi dos bancos e bancadas mais indignadas e incrédulas da história, Só descansei quando cheguei a casa e rebobinei a fita duas ou três vezes. Só que não! Com a repetição certa é inequívoco que o jogador se "senta" sobre a bola.
Não conheço o narrador, por acaso troquei umas palavras com ele uma vez, porque estávamos no mesmo sítio e não quero fazer a sua defesa.
O meu ponto aqui, a minha insistência é que me parece errado entrarmos no "contra tudo e contra todos". Eu sei que é bom para reunir as tropas, que é convicção do João que a escolha de RP para embaixador é ofensiva, ilógica e revela, no seu entender desconhecimento da realidade, ou, se havia conhecimento, um desrespeito pelo clube e associados, mas parece-me que a equipa tem demasiados fantasmas e inseguranças para entrar nesse registo. E não acho que a narração que ouvi mereça esta rotulagem (mas com este alerta vou estar atento nas próximas)
Uma equipa que está a dominar, marca um golo e logo a seguir se fecha na defesa e desaparece do jogo não é suficientemente autoconfiante e arrogante para achar que tem tudo contra eles. Ao primeiro sinal de instabilidade vão estoirar psicologicamente.
Enviar um comentário