De quem partiu a infeliz ideia?

Esta nem o Salgueiros se lembrou, uns concordam com a medida tomada pela Direcção e outros não. Como esta medida ainda não está anunciada no Site Oficial não sei se é verdade ou não, (a Linear diz que sim). Mas uma coisa eu sei: eu não concordo com esta medida. Sou sócio há mais de vinte e nove anos e durante este tempo todo vi o nosso Clube jogar quinze épocas na primeira divisão e outras tantas na segunda divisão. Sim, não fizeram mal as contas, neste caso quinze mais quinze dá mesmo vinte e nove. Logo não sou sócio há tanto tempo só para ver de vez em quando jogos dos chamados três grandes. Para isso entrava e saia de sócio sempre que me conviesse, pois sempre sairia mais barato. E como que tive que berrar muito para me fazerem sócio não reconheço a esta Direcção, nem a anteriores, autoridade moral ou arcaboiço para me dizerem que se eu quiser comprar um bilhete para assistir fora de portas a um jogo do nosso Clube tenho também que adquirir produtos nossos, seja que por valor for. Já gastei muitos euros naquela loja como no antigo “guichet das finanças” do primeiro andar em produtos nossos. Já gastei muitos escudos em produtos do Rio Ave F.C. que comprei nas nossas bancadas e numa Feira de Juventude. Sempre que quiser um produto nosso vou ao Espaço Verde e pago. Não peço dado nem preço de amigo.

Só tenho pena não ter pedido recibos das várias compras que fiz pois os levaria comigo caso decidisse comprar um bilhete para domingo e diria: quero um bilhete e aqui estão os comprovativos das compras que fiz até hoje, ultrapassam em muito os dezoito euros que me querem agora cravar.

Ainda não sei se volta e meia esta Direcção, e outras também, dá um tiro no pé ou se dá em cheio com a cara na parede e estou na dúvida se esta medida é para impedirem que muitos dos nossos sócios viagem para Lisboa para vibrarem com a águia vitória ou para lhe atirarem com bolas de golfe.

Mas uma coisa sei: como sócios temos direito a uma percentagem dos bilhetes na casa do adversário. Como sócios temos o direito que as nossas Direcções consigam as melhores condições. Sempre defendi que devemos praticar uma política de preços acessíveis para todos, sem excepção. Se em Dezembro passado paguei dez euros em Guimarães porque carga de água o responsável máximo pelo ciclismo vitoriano não contactou os congéneres de Guimarães para celebrarmos condignamente o nosso Jogo 500 na Primeira Divisão?

Aos nossos Directores lanço um desafio: antes de seguirem viagem para Lisboa deixem dezoito euros no Espaço Verde e assistam ao jogo na bancada reservada para nós.