Já no passado havia aqui
dissecado e comparado os percursos dos últimos treinadores do Rio Ave. Miguel Cardoso tem mais um ano de contrato mas entende que deve pôr um ponto final à sua ligação ao Rio Ave. O treinador debutante na nossa primeira liga como treinador principal sempre gozou de boa imprensa que sempre o colocou num pedestal. Um campeonato meritório, sem dúvida, mas que não foge ao rumo que tem sido seguido nas últimas 6 épocas.O Rio Ave apostou nele, teve essa coragem, fornecendo-lhe um plantel de qualidade e dando-lhe todas as ferramentas para realizar um bom trabalho. Foi-lhe dado um plantel com uma base sólida, com jogadores com traquejo de jogar finais e jogos Europeus, alguns que o míster até teve a possibilidade de os deixar a maior parte da época de fora das escolhas. Foi-lhe dada estabilidade. Miguel Cardoso, ainda que tenha implementado um estilo de jogo inovador, não fez mais do que prosseguir os trabalhos de qualidade já aqui realizados.
A sensação que tenho é que o ego do nosso (ex)treinador se transformou num super-ego e que se sente grande demais para o nosso clube. Bem, se assim é, boa sorte.
Espirito Santo, que veio mudar a mentalidade enraízada e que atingiu aquilo que atingiu em duas épocas, Pedro Martins que pegou numa equipa que se batizava numa prova Europeia e nos colocou na fase de grupos, tiveram um papel muito mais decisivo e levaram os seus contratos até ao fim.
Não esquecer uma coisa: eu tinha dito a um treinador que muito elogiava os seus futuros adeptos, que os mesmos que lhe estavam a idolatrar iam ser os mesmos que o iam correr dali para fora. Neste caso, será mais a imprensa...a mesma que o meteu num pedestal pode ser a mesma que o vai fazer cair.
Depois de um 5º lugar falta coragem para assumir o projeto europeu?
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